Publicado em 13/09/2024 às 14h32.

Afro Fashion Day anuncia tema e novo local para edição de Novembro Negro em Salvador

O desfile acontecerá em 1º

Redação
Foto: Lucas Assis

 

Ao completar 10 edições neste ano, o Afro Fashion Day (AFD) aposta em novidades e mostra o motivo de se consolidar como a passarela de moda mais negra no Brasil. O desfile acontecerá em 1º de novembro em Salvador, abrindo o mês em que se celebra a Consciência Negra, com o tema “Música – Resgatando raízes e elevando vozes”.

A novidade não fica só no tema: depois de três edições no Terreiro de Jesus (Pelourinho), em 2024 o evento vai ocupar a Praça 2 de Julho, no Largo do Campo Grande. A entrada será gratuita e a programação inicia às 11h com a Feira da Sé, oficinas e atrações musicais. Já o desfile está previsto para às 19h.

O tema proposto neste ano será dividido em três blocos: Percussão Ancestral, Festiva e Contemporânea. Nelson Pereira, analista de marketing e projeto, contou sobre o processo de escolha: “Vários temas passaram pela nossa cabeça, mas sentíamos que precisávamos de um que celebrasse o Afro Fashion Day. Então, nós resolvemos trazer a música para rememorar todos os nossos anos de história, grandes feitos e trabalhos. Queremos muito trazer o que tem de música na Bahia, fazer um espetáculo para além do desfile com a união da moda com a música”.

Cerca de oito mil pessoas devem acompanhar as mais diversas exibições de moda, de acordo com a expectativa apresentada pelo jornal CORREIO, realizador do evento, honrando o intuito de dar visibilidade a modelos, estilistas baianos e designers negros ligados ao universo fashion.

A escolha do novo local tem relação direta com o tema deste ano. O Campo Grande é onde começa o Carnaval do Circuito Osmar e abriga a Concha Acústica do Teatro Castro Alves. Luciana Gomes, gerente Comercial e Marketing do CORREIO, adianta que existe possibilidade do evento contar com apresentações artísticas e shows inéditos.

“O Afro é um projeto que foi crescendo não só de tamanho e quantidade de gente. Ele foi acrescentando diversidade, mais corpos e, talvez, até tenha ido muito mais à frente do que o mundo estava caminhando. O AFD acaba sendo uma grande celebração. Ter um evento que está completando dez anos é uma grande vitória, seja ela no formato comercial ou no formato social. Eu acho que tem muita gente que se espelha nesse projeto e faz questão de participar. Vai ser um grande marco na cidade, a maior edição em questão de público e tamanho de estrutura”, garantiu ela.

Desde sua primeira edição, o Afro Fashion Day é um evento com entrada gratuita e tem sido um importante ponto de partida para grandes talentos baianos que desejam carreira de modelo, mas ainda esbarram nas dificuldades de acesso ao mercado. Sempre realizada em Salvador – cidade com maior população negra fora do continente africano, a iniciativa já recebeu nomes de peso em seus desfiles, assim como no público.

Nomes como Margareth Menezes, Majur, Zebrinha, Márcio Victor e Tony Salles já desfilaram na passarela mais negra do país. Já Érico Brás, Larissa Luz e Maíra Azevedo já foram mestres de cerimônia do evento. Evaldo Macarrão, Marisa Orth, Luís Salém e Camilly Victória já prestigiaram o Afro Fashion Day da plateia.

Seleção de modelos

Nesta edição, o evento contará com duas seletivas de modelos não profissionais nos bairros da capital baiana. Podem participar pessoas afrodescendentes com idade a partir de 13 anos. Haverá ainda uma seleção específica de modelos profissionais, com data e local a serem divulgados.

A primeira Seletiva de Bairros foi realizada na última terça-feira (10), no Espaço Nilda Spencer (Espaço Cultural Boca de Brasa), na Barroquinha, no Centro Histórico de Salvador. Mais de 110 pessoas compareceram na seleção. A segunda, no Espaço Cultural Boca de Brasa de Cajazeiras, será no dia 17 de setembro, das 14h às 17h. As datas e locais da grande final das Seletivas de bairro e a seleção de modelos profissionais serão divulgadas em breve.

“As seletivas de bairros estão dentro da proposta do Afro Fashion Day de atender ao objetivo de democratizar o acesso ao mundo da moda a talentos e modelos não profissionais. As pessoas interessadas não precisam se preocupar com altura, peso, idade ou algum padrão de beleza. Basta ter vontade de desfilar na passarela do projeto para poder se inscrever”, ressalta Nelson Pereira.

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