Publicado em 17/02/2025 às 17h30.

Ainda Estou Aqui: Globo é criticada por escalar filha de ditador para transmistir o Oscar

Ela será responsável por cobrir a cerimônia que será realizada em 2 de março

Redação
Foto: Reprodução

 

No auge com produção própria, a Globo tem recebido críticas por ter escalado a jornalista Maria Beltrão para a apresentação do Oscar na Rede Globo, em que o filme ‘Ainda Estou Aqui’ pode conquistar a estatueta. Ela será responsável por cobrir a cerimônia que será realizada em 2 de março.

O incômodo tem raízes na história da família da apresentadora, mas especificamente no seu pai: Hélio Beltrão. Ministro nos governos de João Figueiredo e Costa e Silva e, em 1968, Hélio Beltrão foi um dos signatários do Ato Institucional nº 5, o AI-5, medida governamental que endureceu o regime militar e restringiu as liberdades civis no Brasil. O pai de Maria Beltrão morreu em 1997, aos 81 anos.

‘Ainda Estou Aqui’ concorre ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Filme Internacional é baseado justamente na história da ditadura militar no país. Na produção, Rubens Paiva é assassinado pelo regime.

Nas redes, os comentários foram: “Mesmo que a Maria Beltrão, que é um doce, não seja responsável pelas ações de seu pai, a decisão da Globo é de uma insensibilidade histórica tão gigantesca”, argumentou uma usuária do X. “Não, não é de bom tom”, concordou outra internauta.

Apesar do porém, alguns defenderam o trabalho de Beltrão e explicaram que ela não tem culpa pelos atos do pai. “A tentativa de anular indivíduo por pertencimento a clã parental é digna de totalitarismos”, argumentou um usuário. “Ela é ela, não se confunde com familiar nenhum”, reforçou outro.

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