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Publicado em 31/12/2025 às 00h20.

Alok exalta Salvador e o Carnaval: ‘É o melhor lugar do mundo’

O DJ subiu ao palco da Arena O Canto da Cidade na noite desta terça-feira (30)

Neison Cerqueira / Edgar Luz
Foto: Edgar Luz / bahia.ba

 

O DJ Alok subiu ao palco da Arena O Canto da Cidade nesta terça-feira (30), durante o quarto dia do Festival Virada Salvador. Um dos principais nomes da música eletrônica brasileira e um dos DJs mais reconhecidos do mundo, o artista falou sobre o acolhimento que recebe ao tocar na capital baiana.

Segundo Alok, o convite para se apresentar na Bahia inicialmente causou receio, já que, ao ser anunciado, enfrentava críticas de setores mais tradicionais da cena musical. O DJ reconheceu que a música eletrônica, em determinados momentos, foi vista como distante da cultura local, mas destacou que acabou sendo abraçado pelo público baiano.

“A forma como eu fui acolhido aqui é algo que eu sempre falo. Enquanto a galera quiser, eu vou estar aqui entregando o meu melhor. Um dos grandes motivos do carinho que eu tenho por Salvador é justamente esse acolhimento. A gente faz a pipoca no Carnaval e é algo que não dá para explicar nem replicar em outro lugar. Enquanto as pessoas quiserem, eu estarei aqui”, afirmou.

Ao falar sobre sua relação com Salvador, Alok disse se sentir honrado por estar na cidade e revelou sua ligação familiar com a Bahia. “Venho para Salvador desde muito pequeno. Meu pai é baiano, mora aqui, e a primeira vez que vim para o Carnaval foi tocando. Depois disso, eu disse que nunca mais deixaria de vir”, contou. “O melhor lugar do mundo para estar nesse período é Salvador”, completou.

O artista justificou a afirmação destacando a singularidade da festa. “Em outros lugares do mundo, ou está frio, ou não existe essa energia. Aqui é o melhor lugar do mundo, e as pessoas precisam valorizar isso. Salvador nunca deixa de viver o Carnaval”, disse.

Questionado sobre seu trabalho musical, Alok explicou que há diferenças entre as produções voltadas para grandes festivais internacionais e aquelas pensadas para o Carnaval de Salvador. Ao citar o Tomorrowland, ele ressaltou que cada evento tem sua própria identidade.

“Quando eu estou fazendo música, existe um foco. Algumas são mais segmentadas, outras funcionam melhor no Carnaval. Estou fazendo música agora com Léo Santana, por exemplo, que vai para outro lugar”, explicou.

Para o DJ, essa diversidade representa sua liberdade criativa. “Por muito tempo eu fiquei aprisionado, e essa prisão era criada por mim mesmo, por medo de julgamento”, revelou. Ele também lembrou o acidente aéreo que sofreu no passado. “Depois daquele susto, em que quase morri, eu decidi que não ia mais ser refém desse medo. Eu sou livre para criar”, afirmou.

Alok também falou sobre os desafios pessoais e profissionais, destacando a dificuldade em dizer “não”. Segundo ele, aprender a recusar propostas foi fundamental para equilibrar carreira e vida pessoal. “Aprendi a dizer não para algumas propostas e sim para mim e para minha família. Isso me aproximou muito mais dos meus irmãos e fez deste um ano muito especial”, concluiu.

Neison Cerqueira
Jornalista, com atuação na área de política e apaixonado por futebol. Foi coordenador de conteúdo do site Radar da Bahia, repórter do portal Primeiro Segundo e colunista em ambos os veículos. Atuou como repórter na Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas e, atualmente, cobre política no portal bahia.ba.

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