Publicado em 24/01/2017 às 09h40.

Após acusação de estupro, Polanski desiste de presidir o César

O "Oscar francês" acontecerá em 24 de fevereiro. Associações feministas planejaram um boicote caso o diretor assumisse

Redação
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Foto: Divulgação

 

Roman Polanski desistiu de presidir a cerimônia do César (o “Oscar francês”), em fevereiro, após associações feministas convocarem um boicote ao evento, caso ele participasse. O motivo do protesto é o suposto estupro de uma menor, que teria acontecido em 1977. Em menos de uma semana, as feministas recolheram mais de 61 mil assinaturas para pedir a destituição do cineasta como presidente do César.

Polanski é acusado nos Estados Unidos de ter estuprado uma menina de 13 anos. Segundo o advogado do diretor, Hervé Temime, essa polêmica “injustificada” entristeceu “profundamente Roman Polanski e afetou sua família” e, por isso, o diretor “decidiu não aceitar o convite” dos organizadores da cerimônia, marcada para 24 de fevereiro em Paris.

“Vamos lembrar que Samantha Geimer [a menor] apoia há muito tempo as iniciativas judiciais de Roman Polanski para regularizar sua situação nos Estados Unidos, e pediu o abandono definitivo das acusações”, disse o advogado, em comunicado. Ele lembra ainda que a justiça da Polônia e da Suíça rejeitaram os pedidos de extradição dos Estados Unidos, ao estabelecer que Polanski “havia cumprido a pena, que havia sido alvo de um acordo entre todas as partes na época”.

A ministra francesa de Direitos das Mulheres, Laurence Rossignol, também havia condenado a eleição de Polanski como presidente do César. A titular da Cultura, Andrey Azoulay, se absteve de criticar a designação do diretor de “O Pianista” e “Tess – Uma Lição de Vida”.

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