Publicado em 10/11/2020 às 13h10.

Após ataques, Anitta nega que tenha raspado a cabeça pelo candomblé

Em nota a cantora afirma que é uma Ekedi suspensa para iniciação, não sendo possuída por seu orixá de cabeça

Redação
Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal
Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal

 

O nome da cantora Anitta esteve envolvido em um grande boato na madrugada desta terça-feira (10) após internautas assumirem que o jornalista Gabriel Perline, editor do site Notícias da TV, falava da funkeira ao afirmar que “uma cantora ‘poderosa'” por ter “deitado para o santo”.

Em um tweet, o jornalista não revelou o nome da artista em questão, mas fãs da cantora e haters entenderam que a “indireta” era sobre ela, já que Gabriel usou o termo “poderosa”, usado como sinônimo para a cantora por sua música ‘Show das Poderosas’, além de falar da carreira internacional e das perucas.

Por meio da assessoria de imprensa, a cantora desmentiu o fato afirmando que ela é Ekedi, equivalente aos ogans, e que por isso é suspensa para iniciação não sendo possuídas por seu orixá de cabeça.

“Devido às especulações na imprensa de que @anitta raspou seu cabelo para cumprir compromissos religiosos, viemos a público afirmar que a informação não é verdadeira. A cantora, praticante do Candomblé, é uma ‘Ekedi’ em sua religião. As Ekedis são suspensas para a iniciação, não precisando raspar a cabeça em sua preparação para servir aos Orixás”.

Em nota, Anitta ainda repudiou os ataques que a religião recebeu por causa do tweet do jornalista. “Anitta repudia qualquer tipo de intolerância religiosa, seja ela qual for, e acredita que tais especulações retratam um Brasil ainda repleto de discriminação e preconceito religioso. Mais uma vez a bpmcom lamenta que a imprensa não cumpra sua obrigação para com a verdade e apure os fatos antes de publica-los”, diz a nota.


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Nota de Esclarecimento Devido às especulações na imprensa de que @anitta raspou seu cabelo para cumprir compromissos religiosos, viemos a público afirmar que a informação não é verdadeira. A cantora, praticante do Candomblé, é uma “Ekedi” em sua religião. As Ekedis são suspensas para a iniciação, não precisando raspar a cabeça em sua preparação para servir aos Orixás. Anitta repudia qualquer tipo de intolerância religiosa, seja ela qual for, e acredita que tais especulações retratam um Brasil ainda repleto de discriminação e preconceito religioso. Mais uma vez a bpmcom lamenta que a imprensa não cumpra sua obrigação para com a verdade e apure os fatos antes de publica-los. #anitta

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O pai da cantora, Mauro Machado, também é do Candomblé. Na biografia ‘Furacão Anitta’, lançada por Leo Dias em 2019, o jornalista falou sobre a relação da cantora com a religião.

“Quando ela vai lá, só ficam pessoas que têm relação direta com o lugar. Tudo para dar tranquilidade e privacidade à cantora, que lá, não se parece em nada com a superstar que aparece nos clipes e programas de TV. Durante o tempo em que fica imersa em sua experiência religiosa, Anitta é vista descalças, de roupas brancas, fazendo atividades comuns no local, como lavar o banheiro, varrer o chão e cuidar da mesa e refeições. No terreiro, tem contato permanente com a vida simples de que tanto gosta. (…) “Quando ela vai, ela se entrega totalmente .(…) O local, muito discreto, acabou se torando um refúgio para a cantora, especialmente nos momentos de maior estresse físico e mental”, dizia um trecho do livro.

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