Publicado em 13/07/2023 às 08h29.

Atual gestora perde edital e Carlos Prazeres deve deixar a Osba após 12 anos; público protesta

Ligado a Ricardo Castro, maestro do Neojiba, o Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM) venceu o edital

Jamile Amine
Foto: Facebook / Osba

 

Depois de 12 anos à frente da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), o maestro Carlos Prazeres deve deixar seu posto de regente titular e diretor artístico, após a Associação dos Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA) se desclassificado em edital de seleção para a gestão da orquestra.

O resultado do edital foi publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (12), tendo como classificado para a função o Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM), que é ligado ao maestro Ricardo Castro, do Neojiba, que já protagonizou uma polêmica ao criticar publicamente o concerto “Osbrega”, liderado por Prazeres.

“Quando uma orquestra sinfônica estadual, depois de conquistar milhões inéditos para seu orçamento e poder contratar músicos excelentes, escolhe esse título para promover um concerto que poderia ser tocado melhor por Lairton e seus Teclados, estamos certamente entrando em um círculo do inferno nunca Dantes visto neste país…”, disse Castro, na ocasião, tendo sido duramente criticado pelo público, que saiu em defesa da Osba e do maestro Carlos Prazeres.

O mesmo aconteceu agora, após o IDSM vencer o edital, quando fãs da orquestra chegaram criar um abaixo-assinado contra a mudança. “Nós gostariamos de solicitar a manutenção da administração atual feita pela ATCA e a Regência do Maestro Carlos Prazeres. Pra tentarmos manter nosso amado Cine Concerto, o OSBREGA, e todos os concertos maravilhosos criados por essa gestão”, diz texto divulgado pela página @osbafaclube.

“Carlos Prazeres revitalizou e SALVOU a OSBA. Nós, público-crush, estamos aqui pelos Cineconcertos, OSBregas e afins tanto quanto pela música clássica. A OSBA está em excelentes mãos, não mudem time que está ganhando”, afirmou um dos signatários, que também proferiu insultos ao maestro Ricardo Castro.

“Estou assinando porque acredito e admiro muito o trabalho do maestro Carlos Prazeres. Acompanho a Osba desde 1990 e acho que a orquestra está no seu melhor momento”, disse uma outra. “Não é aceitável trocar uma gestão que fez a Osba reviver, fez o povo gostar da música clássica, faz a Bahia ter a melhor orquestra do Brasil. Não é aceitável a Osba ter uma gestão que classifica uma apresentação com clássicos da música romântica brasileira, como ‘um círculo do inferno nunca antes visto neste país’. Não é aceitável o retrocesso, o preconceito e o distanciamento da orquestra da classe popular”, argumentou uma terceira, também com críticas dirigidas ao grupo de Castro.

 

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