Publicado em 28/08/2025 às 12h24.

Caixa Cultural Salvador recebe o Festival Latino-Americano de Teatro da Bahia

15ª edição do evento ocorre de 2 a 14 de setembro e reúne espetáculos, rodadas de negócios e residências artísticas

Redação
Foto: Nelson Miranda

 

De 2 a 14 de setembro, a CAIXA Cultural Salvador será palco do FIGA – Festival Internacional Gestos de América, anteriormente o FilteBahia. Em sua 15ª edição, o evento consolida-se como uma das principais janelas de difusão das artes cênicas da América Latina, conectando artistas, curadores e programadores em uma grade que reúne espetáculos, showcases, rodadas de negócios e residências artísticas.

A curadoria do Festival é formada por profissionais de trajetória destacada nas artes cênicas: Ciane Fernandes (diretora artística e professora titular da UFBa), Tiago Romero (diretor de arte e arte-educador), João Paulo Lima (educador e performer), Patrick Campbell (diretor e performer), Fernando Zugno (curador e gestor cultural) e direção artística geral de Luis Alonso-Aude.

O Festival nasceu como FilteBahia, em 2008, e renasce como FIGA em 2025, ampliando sua atuação. O evento reafirma a capital baiana como centro estratégico para a circulação internacional da produção nordestina e insere a Bahia na rota dos mercados internacionais de Artes Cênicas. “A mudança de nome acompanha o próprio movimento da arte e da sociedade.

FIGA é símbolo, gesto e proteção, mas também abre espaço para novos sentidos e debates que atravessam as artes cênicas hoje. Brinca com múltiplos significados e reafirma o caráter político e transformador da arte”, afirma o diretor artístico Luis Alonso-Aude.

Para esta edição, foram selecionados 16 espetáculos: nove nordestinos, dentro do MITNordeste – Mercado Internacional de Teatro Nordestino, e sete soteropolitanos, no MITSalvador – Janela ao Mundo.

O projeto tem a realização da Cardim e Carranca Produções, apoio financeiro da Fundação Gregório de Matos (FGM), Secretaria de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e Ministério da Cultura, e patrocínio da CAIXA e do Governo Federal.

Confira abaixo a programação na CAIXA Cultural Salvador:

2 de setembro (terça), às 16h; 3 de setembro (quarta), às 20h: Medalha de Ouro – Andreia Pires, Larissa Góes e Sol Moufer (Fortaleza/CE):

A obra reúne fragmentos de memórias de atrizes cearenses, refletindo sobre os desafios e resistências de manter-se artista. Misturando ficção e documentário, explora diferentes estilos de encenação para problematizar a pergunta: “o que é ser atriz?”, expondo os fascínios e as frustrações do ofício.

4 e 5 de setembro (quinta e sexta), às 20h: Guiança – Ireno Júnior – Plataforma Danças que Temos Feito (Teresina/PI):

O espetáculo parte da ideia de “guiar” para inventar existências dançantes que transitam entre culturas, sombras e fabulações. Combinando elementos da cultura nordestina com imagens de samurais e sereias, a obra cria um corpo em luta que encontra na dança uma forma de resistir e reimaginar realidades.

9 e 10 de setembro (terça e quarta), às 20h: Normal Mente – Clarissa Costa (Fortaleza/CE)

Solo que une dança, Libras e audiodescrição, a peça investiga a fragilidade do conceito de “normalidade”. O corpo em cena se comunica em fluxo com texto e movimentos, revelando contradições, fraudes e mentiras sociais que sustentam a ideia de ser “normal”.

11 e 12 de setembro (quinta e sexta), às 20h: Nêgo D’Água – André Vitor Brandão (Petrolina/PE)

Inspirado nas encantarias das águas, o espetáculo convoca cosmologias ribeirinhas e memórias ancestrais indígenas, negras e caboclas. A cena reflete sobre ecologia, preservação e modos de vida em territórios fluviais, propondo uma escuta sensível dos corpos que coexistem com os rios e sua simbologia.

13 e 14 de setembro (sábado e domingo), às 19h: A Travessia do Grão Profundo – Núcleo Caatinga de Teatro da Cia Avatar (Irecê/BA)

Zinho, um jovem sertanejo parte pela caatinga em busca do pai que o abandonou ainda na infância. Sua jornada mistura realidade e fantasia, atravessando encontros, crenças e memórias que revelam o imaginário do sertão e a força da identidade cultural nordestina. A peça é ao mesmo tempo viagem mítica e existencial, afirmação de pertencimento e celebração da diversidade cultural brasileira.

O Festival também conta com espetáculos acontecendo em outros espaços da cidade, a exemplo do Centro Cultural Barroquinha, Teatro Gregório de Matos, Casa Preta Espaço de Cultura, Teatro Moliére, Espaço Xisto Bahia e Teatro Sesi Rio Vermelho. Outras informações e a programação completa do Festival podem ser acessadas no Site do FIGA.

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