Publicado em 14/05/2025 às 15h08.

Deolane Bezerra se defende após ser citada em CPI: ‘É nítida a perseguição’

"Os escolhidos são perseguidos"

Vitor Silva
Foto: Genival Paparazzi/Ag News/bahia.ba

 

A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra se manifestou nesta quarta-feira (14) após ser citada durante o depoimento de Rico Melquiades à CPI das Apostas Esportivas. O influenciador, que é embaixador da plataforma 01Bet, foi confrontado com a informação de que Deolane seria a proprietária do site de apostas — algo que ele negou saber. A acusação foi exposta por um dos senadores presentes na sessão. 

Por meio de seus stories no Instagram, Deolane fez um longo desabafo, afirmando estar sendo alvo de uma perseguição e criticando o tratamento que tem recebido. “Sabe o que mais me tranquiliza? É saber que vocês aí do outro lado não são bobos. É nítida a perseguição. Como é mais fácil bater em uma mulher sozinha, uma mulher que veio do Nordeste, da favela, uma mãe solo que não tem irmãos homens, não tem políticos amigos, não é casada, não tem um homem por trás para defender ou dar uma palavra. É muito fácil bater na Deolane. Só que eu tenho o povo, e acima disso eu tenho Deus, que não dorme e me vigia”, declarou. 

A advogada também justificou sua ausência na CPI, explicando que não compareceu por decisão judicial. “Eu queria que vocês soubessem que eu não fui nessa CPI porque eu ganhei o salvo-conduto, o direito de não ir. Eu ganhei. Todos que estão indo, ou que foram, tentaram o mesmo pedido que eu e não conseguiram. Por quê? Porque eles não são investigados em um processo similar, como eu sou. Eu sou apenas investigada, porque denúncia ainda não tem. O processo em Recife parou, não tem mais nada, e tudo continua do jeito que está.” 

Deolane seguiu o desabafo relatando o desgaste emocional de ser constantemente atacada. “Agora em setembro vai fazer um ano que eu sou julgada, massacrada, xingada todos os dias, e nada foi provado contra mim. Eu, minhas irmãs e minha mãe lutamos muito para sermos o que somos. Estou cansada de um processo que não anda, estou cansada das minhas coisas presas, de ser xingada o tempo todo de bandida, sendo que eu só faço o que todo mundo faz. E só eu não posso crescer na vida. Por quê? Porque eu venho de uma profissão onde eu advogava para as pessoas, cumpria a lei. Por que eu não posso ter o que eu tenho, se todo mundo pode e ninguém desconfia?” 

Encerrando, ela afirmou não querer se vitimizar, mas reforçou seu sentimento de injustiça. “Gente, eu não tenho tom para vítima. Os escolhidos são perseguidos, essa é a minha frase desde jovem. Eu não aguento mais ser chamada de bandida.” 

Vitor Silva

Repórter de entretenimento, mas escrevendo sobre política, cidade, economia e outras editorias sempre que necessário; tem experiência em assessoria, revista, produção de rádio e social media

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.