Publicado em 02/03/2017 às 11h26.

Dicinho, artista plástico do Tropicalismo, dá sua dica de livro

Criador de uma das capas mais emblemáticas do movimento, a do disco de Gal Costa de 1969, o artista é muito ligado a filosofia e macrobiótica

James Martins
Foto: Amana Dultra / Divulgação
Foto: Amana Dultra / Divulgação

 

O artista plástico Dicinho, natural de Jequié, foi responsável por alguns dos trabalhos visuais mais ousados do tropicalismo, com ponto culminante na famosa capa para o disco psicodélico de Gal Costa de 1969, que marca a virada da cantora.

Ligado não apenas às artes visuais, mas também à literatura, filosofia, macrobiótica (da qual é adepto há décadas), Dicinho (um dos principais homenageados da Bienal da Bahia em 2014) deu sua dica de livro para os leitores da coluna #QuemIndica.

Capa de Dicinho para o disco de Gal Costa - 1969 (Foto: Reprodução).
Capa de Dicinho para o disco de Gal Costa – 1969 (Foto: Reprodução).

 

A obra recomendada por ele é “Uma Estranha Realidade (A Separate Reality: Further Conversations with Don Juan – 1971)”, do peruano/norte americano Carlos Castaneda. “Existem muito livros fundamentais, evidentemente, como ‘Grande Sertão: Veredas’ e ‘Memórias Póstumas de Bras Cubas’, mas, nesse ponto, eu concordo com Luiz Carlos Maciel: ‘Uma Estranha Realidade’ supera tudo! É o meu livro de cabeceira e acho que todo mundo deve ler”, explica Dicinho.

uma estranha realidade__carlos castaneda

 

Escrito após “A Erva do Diabo”, este livro prossegue contando as experiências de Castaneda com o índio yaqui Dom Juan Matus. Guiado pelo feiticeiro, o antropólogo e escritor procura nada menos que os limites da realidade. “O livro revela a diferença entre olhar e ver”, diz Dicinho. E prossegue: “Olhar, todo mundo olha… agora, ver é outra coisa”.

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