Publicado em 20/04/2016 às 19h20.

Diretora baiana Mônica Simões lança seu primeiro longa-metragem

Pré-estreia em Salvador, acontecerá no Cine Glauber Rocha, dia 2 de maio, às 21h

Redação
Divulgação
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Imagens carregadas de memórias afetivas constroem a narrativa poética e delicada de Um Casamento, novo documentário da artista baiana Mônica Simões que tem pré-estreia em Salvador, no Cine Glauber Rocha, dia 2 de maio, às 21h. O filme – primeiro longa-metragem da premiada videomaker, fotógrafa e artista plástica que soma quase 35 anos de carreira – fala sobre o casamento na Bahia dos anos 50, propondo a compreensão de uma época através da história pessoal de Maria Moniz e Ruy Simões, pais de Mônica, que assina roteiro, produção e direção do filme.

Assinado em parceria com o artista nova-iorquino Nicolau Vergueiro, o roteiro traz uma narrativa construída a partir das impressões e reações espontâneas da personagem principal, Maria Moniz, a noiva, ao ser reapresentada a filmes e fotografias antigas do acervo da família. Essa memória concreta confronta-se a memória subjetiva da própria diretora e da personagem que, diante das câmeras, responde de forma genuína às provocações e lembranças remetidas por aquelas imagens.

Pesquisadora nata, Mônica Simões idealizou o filme há 15 anos, quando pesquisava para o documentário Uma Cidade, também de sua autoria. “Quando estava na fase de recuperação dos filmes para aquele trabalho, encontrei no acervo de minha família o filme do casamento dos meus pais. Fiquei muito impressionada com o que restou dele, quase nada. Mas os efeitos do tempo sobre a película, plasticamente, tinham uma força incrível. Naquele momento descobri que gostaria de contar essa história a partir dessas imagens”, explica a diretora.

Além do filme do casamento, ponto de partida para o trabalho, o rico acervo em outros suportes foi fundamental. Filmes em 16 e 8 mm em que os personagens aparecem ainda crianças, depois já como namorados em eventos familiares somam-se registros fotográficos de ambos em todas as fases da vida até as clássicas imagens da cerimônia religiosa e civil do matrimônio.

“Através dos fotogramas dos filmes de época, percebemos o lugar que o casamento ocupava naquele momento. Imagens banais que se tornam ricas pela poesia que emana justamente da própria banalidade. O que interessa é justamente o que não foi dito ou revelado. Observar as questões que surgem nas entrelinhas destas imagens”, completa Mônica Simões.

O trailer pode ser visto aqui.

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