Publicado em 16/01/2016 às 08h40.

Fim de semana é do Bloco Alvorada

Neste sábado (16), grupo leva o samba do Grupo Bambeia para as esquinas do Pelourinho. No domingo (17) o bloco realiza mais uma Lavagem da Fonte do Gravatá, que reúne religiosidade, música e preservação do patrimônio.

Redação

 

Neste domingo (17), acontece a tradicional 38º Lavagem da Fonte do Gravatá, na Rua da Independência,  no centro de Salvador – festividade que já entrou para o calendário das festas populares da Bahia. Realizada pelo Bloco Alvorada, que foi criado ao lado da fonte e até hoje mantem sua sede no bairro do Gravatá, a Lavagem conta com cortejo de baianas, saindo do Terreiro de Jesus, às 15h, com a percussão dos Meninos do Pelô, do saudoso Mestre Prego (falecido em 2010). Após o ritual de lavagem da fonte centenária, com água de cheiro, a festa será animada pelos grupos Academia do Samba, Pagode Versado e Jatobá, reunindo moradores, foliões do bloco e amantes do samba.

A Lavagem tem como objetivo também chamar atenção para o valor histórico da Fonte do Gravatá, que é do século XVIII e já abasteceu de água muitas residências do Centro da cidade. O bloco nasceu em 1975, na casa 55 da Rua do Gravatá, imóvel que fica justamente entre a fonte da orixá Nanã e a Igreja de Nossa Senhora de Santana.

 

Neste sábado (16), o Bloco Alvorada inicia participação na programação do projeto ‘Música nas Esquinas do Pelourinho’. A atração principal será o Grupo Bambeia, que há 18 anos arrasta o bloco na Avenida. As apresentações acontecerão nas ruas e esquinas do Centro Histórico de Salvador, sempre das 19h às 21h, com acesso gratuito. A concentração é às 18h, no Restaurante Alaíde do Feijão, na Rua das Laranjeiras. O projeto prossegue aos sábados, dias 23 e 30 de janeiro de 2016.

Carnaval – Celebrando 41 anos de tradição do samba na Avenida, o Alvorada homenageará o centenário do Terreiro Bate Folha, referência maior do Candomblé de Nação Angola no Brasil, fundado em 1916. O terreiro Bate Folha, localizado no bairro da Mata Escura, em Salvador, possui uma área de aproximadamente 15,5 hectares, sendo a maior área urbana remanescente da Mata Atlântica entre os templos religiosos de matriz africana.

Sua importância para a cultura brasileira, em especial pela preservação da cultura banto, foi reconhecida por meio do tombamento como patrimônio cultural brasileiro, pelo IPHAN, em 2003. História que será contada pelo Bloco Alvorada, por meio das músicas, das vestimentas e da reverência do pioneiro bloco de samba da sexta-feira de Carnaval e de seus mais de três mil foliões.

Para prestar essa homenagem ao Terreiro do Bate Folha, o Bloco Alvorada reunirá um time de bambas, como o cantor Ferrugem, em sua primeira participação do Carnaval da Bahia, além do grupo Bambeia, que fará a base para a Ala de Canto do Alvorada, formada pelos sambistas Gal do Beco, Aloísio Menezes, Roberto Mendes, Raimundo Sodré , Valdélio França, Arnaldo (Tempero do Samba), Romilson (Partido Popular), Marco Poca Olho (Samba Tororó), Bira (Negros de Fé), Tiago (Relicário).

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