Publicado em 28/10/2024 às 14h38.

Francis Ford Coppola apresenta Megalópolis em São Paulo e reflete sobre arte e riscos

Conhecido por clássicos como O Poderoso Chefão e Drácula de Bram Stoker, o diretor participou da 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, nesta segunda-feira (28)

Redação
Foto: Tomzé Fonseca/Agnews

 

Nesta segunda-feira (28), o cineasta Francis Ford Coppola, de 85 anos, participou de um bate-papo no Teatro B32, em São Paulo, sobre seu novo filme, Megalópolis: Uma Fábula. Conhecido por clássicos como O Poderoso Chefão e Drácula de Bram Stoker, Coppola compartilhou detalhes sobre o processo de filmagem do novo longa, que conta com Adam Driver, Shia LaBeouf e Jon Voight no elenco.

Coppola abordou o rumor de que o filme levou 40 anos para ser concluído, esclarecendo que, na realidade, esse tempo foi necessário para ele descobrir seu estilo pessoal. “Não trabalhei em Megalópolis durante 40 anos, mas questionei qual era meu verdadeiro estilo”, explicou. Ele disse ainda que foi atraído pela ideia de fazer um épico sobre Roma ambientado na América, comparando os Estados Unidos atuais à Roma antiga.

O longa, que estreia na quinta-feira (31), traz uma trama em um futuro distópico, onde um arquiteto tenta implantar um projeto revolucionário para acabar com a desigualdade em Nova Roma, enfrentando resistência dos conservadores.

Para Coppola, arriscar é essencial na arte, como demonstrou neste projeto: “Não dá para fazer arte sem risco, é como fazer bebês sem sexo. A resposta está no desconhecido”, afirmou.

Ele também relembrou seu vínculo com o cineasta brasileiro Glauber Rocha, que viveu em sua casa em São Francisco e, num momento de desespero, caiu em lágrimas por temer não poder retornar ao Brasil.

O bate-papo atraiu várias figuras do meio artístico, como o ator Julio Andrade, acompanhado de sua esposa Elen Clarice, e as atrizes Isabelle Drummond, Tainá Müller, Alessandra Maestrini e Julia Konrad. Sandra Annenberg também estava entre os presentes e, após o evento, Tainá Müller expressou admiração pela autenticidade de Coppola, dizendo que ele traz reflexões valiosas para a arte do cinema.

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