Publicado em 04/04/2024 às 16h19.

Google considera cobrar por ferramentas ‘premium’ de busca com IA, diz jornal

Engenheiros estão desenvolvendo tecnologia para lançar serviço

Redação
Foto: imagens públicas

 

O Google (GOOGL) está considerando cobrar por novos recursos “premium” executados por inteligência artificial, segundo o jornal Financial Times, marcando a primeira vez que a empresa colocaria algum de seus produtos principais atrás de um paywall. O gigante da tecnologia está avaliando opções como adicionar determinados recursos de busca de IA aos seus serviços de assinatura premium, relatou o FT, citando três pessoas não identificadas familiarizadas com os planos. As informações são do portal Bloomberg Línea.

Os engenheiros estão desenvolvendo a tecnologia para lançar o serviço, mas os executivos ainda não decidiram se ou quando lançá-lo, segundo a reportagem. O mecanismo de busca onipresente do Google continuaria sendo gratuito e os anúncios apareceriam junto com os resultados da pesquisa, mesmo para assinantes, disse o FT.

“Continuamos a melhorar rapidamente o produto para atender às novas necessidades dos usuários”, disse um porta-voz. “Não estamos trabalhando ou considerando uma experiência de busca sem anúncios. Como fizemos muitas vezes antes, continuaremos a desenvolver novas capacidades e serviços premium para aprimorar nossas ofertas de assinatura em toda o Google.”

A possível movimentação sugere que a unidade da Alphabet ainda não descobriu como incorporar a nova tecnologia, de rápido crescimento, sem ameaçar seu negócio essencial de publicidade. As ações caíram menos de 1% após o fechamento dos negócios na quarta-feira (3), após a notícia ser divulgada.

Desde o lançamento do ChatGPT pela OpenAI no final de 2022, o Google se viu na defensiva diante do chatbot extremamente popular. A habilidade do ChatGPT de fornecer respostas a consultas em uma voz narrativa forçou o Google a repensar sua lista tradicional de links azuis para sites e os lucrativos anúncios que aparecem ao lado deles. Enquanto isso, nos últimos anos, uma nova safra de startups de busca surgiu.

IA e rentabilidade

No ano passado, o Google começou a testar seu próprio serviço de busca alimentado por IA que combina a narrativa personalizada e detalhada, além de links para sites e publicidade. Mas tem sido lento para incorporar recursos de sua “experiência de busca generativa” experimental ao mecanismo de busca principal.

Em fevereiro, o Google adicionou um novo nível pago ao seu serviço de assinatura para consumidores que dá às pessoas acesso ao seu modelo de IA mais recente, o Gemini. Usuários que pagam por essa assinatura, chamada Google One AI Premium, podem usar seu chatbot avançado Gemini e acessar o modelo de IA generativa em serviços populares como Gmail e Google Docs.

As equipes regularmente realizavam testes de referência em consultas aleatórias internamente para medir o quão rapidamente o mecanismo de busca do Google podia entregar resultados — mas eles não realizavam os mesmos testes para o produto de busca alimentado por IA do Google em parte porque era muito caro, disse o ex-funcionário.

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