Lelo Filho ‘estranha’ mimo da Rouanet à cantora Claudia Leitte

Em 35 anos de carreira, o criador da Companhia Baiana de Patifaria diz nunca ter sido contemplado pelo Ministério da Cultura

Redação

Causou certo mal-estar no meio artístico-cultural o afago do Ministério da Cultura à musa do axé Claudia Leitte, divulgado nesta semana. Por meio da Lei Rouanet. a Ciel, empresa que administra a carreira da artista, obteve autorização para captar R$ 356 mil para o lançamento de um livro sobre a cantora.

Entre os artistas que “estranharam” o aval do MinC, está o diretor, dramaturgo, produtor, ator e administrador da Companhia Baiana de Patifaria, Lelo Filho. Nesta quarta-feira (17), ele comentou em seu perfil no Facebook ter ficado surpreso com a notícia.

“Esperei bastante para checar a informação e poder me pronunciar. Claro, que ela [Claudia Leitte] não ganhou o dinheiro, só o direito de captar – o que pra mim já é surreal. Enquanto isso, nós artistas de vários segmentos e partes do país, e meros mortais, continuamos batendo cabeça atrás de uma empresa que ao menos receba um projeto nosso para avaliação (…)“, desabafou Lelo.

Em 35 anos de carreira, o ator diz nunca ter conseguido ver contemplado um projeto, sequer, pela Rouanet, a lei federal de fomento à cultura do país.

Projeto – De acordo com a proposta apresentada pela Ciel, o livro terá uma entrevista exclusiva com Claudia Leitte, letras e partituras de suas músicas e fotos inéditas. No projeto apresentado ao ministério, a empresa diz que “a obra gera impacto cultural positivo”.

O livro será lançado em dois idiomas.