Publicado em 21/08/2025 às 12h49.

Ministério Público denunciou vulnerabilidade social de Kamylinha em 2022; saiba detalhes

Órgão determinou que Hytalo Santos apagasse vídeos com a adolescente, mas decisão não foi cumprida pelo influenciador

Redação
Foto: Redes Sociais

 

O Ministério Público da Paraíba entrou com uma denúncia de vulnerabilidade social em relação a Kamila Maria Silva Félix, a Kamylinha, 17, em 2022. De acordo com o órgão, a adolescente, que na época tinha 15 anos, estava em “uma situação concreta de risco, […] de vulnerabilidade social e psíquica, sem frequentar aulas regularmente, de modo que foi necessária a intervenção estatal”. 

Na época, o Ministério Público moveu uma medida protetiva em desfavor dos pais de Kamylinha, Francisca Maria Lima Silva e Erismar Félix Figueiredo, para o cumprimento de ordens de proteção à jovem. Segundo o MP, a adolescente “estaria sofrendo exposição na rede social Instagram, onde o dançarino Hytalo Santos costuma postar, em sua conta pessoal, fotos sensuais da adolescente e vídeos contendo coreografias de cunho sexual”.

Em depoimento, o pai de Kamylinha, que não possuí vínculo com a jovem,  informou que reprovava o estilo de vida da filha e que não concordava com as viagens que ela fazia com o influenciador, Hytalo Santos. 

“Teve uma polêmica em São Paulo. Ele (Hytalo) brigando com o marido e Kamila chorando. A mãe não estava com ela. Fiquei com raiva porque ela viajou sem autorização minha. Briguei com a mãe mais ainda”, informou o patriarca. 

A adolescente contou ao Ministério Público que conheceu Hytalo aos 7 anos na cidade de Cajazeiras, “logo depois de ser abandonada pelo pai”. Ela relatou ainda que a relação dos pais era conturbada e que presenciou o genitor apontar uma arma de fogo para a cabeça da mãe e que o episódio gerou uma tentativa de sucídio com remédios quando ela tinha 9 anos. 

Na medida protetiva, o Ministério Público afirmou a necessidade de Kamylinha, que estudava em uma escola no Rio de Janeiro no modelo remoto, de voltar a uma unidade de ensino da Paraíba, além da retomada do atendimento psicológico. Foi determinado também que Hytalo apagasse todos os vídeos da adolescente nas redes sociais. 

Todas foram cumpridas, menos a que era de responsabilidade de Hytalo Santos.  

“Determinando ao Sr. Hytalo Santos que deletasse, das redes sociais de sua titularidade, todos os vídeos em que Kamila Maria Silva Félix e demais crianças/adolescentes bem como se abstivesse de postar novos vídeos contendo igual teor, desde que envolva a participação de crianças/adolescentes. A recomendação foi entregue pessoalmente ao Sr. Hytalo Santos, que se que se recusou a assinar”, diz um trecho do documento.

O processo está arquivado.

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