Morre o multi-instrumentalista brasileiro, Hermeto Pascoal, aos 89 anos

O músico e multi-instrumentalista, Hermeto Pascoal, morreu aos 89 anos, neste sábado (13). O falecimento foi confirmado pela família do artista por meio de um comunicado divulgado em suas redes sociais. As informações são dos portais g1 e InfoMoney.

“Com serenidade e amor, comunicamos que Hermeto Pascoal fez sua passagem para o plano espiritual, cercado pela família e por companheiros de música”, disse a família. “No exato momento da passagem, seu Grupo estava no palco, como ele gostaria: fazendo som e música. Como ele sempre nos ensinou, não deixemos a tristeza tomar conta: escutemos o vento, o canto dos pássaros, o copo d’água, a cachoeira, a música universal segue viva… Quem desejar homenageá-lo, deixe soar uma nota no instrumento, na voz, na chaleira e ofereça ao universo. É assim que ele gostaria. Gratidão por todo carinho ao longo do caminho.”

Hermeto estava internado no hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Em nota, a instituição confirmou que o músico morreu por volta das 20 horas (Horário de Brasília). A causa da morte não foi divulgada.

“O compositor deu entrada no hospital no dia 30 de agosto para tratamento de complicações respiratórias derivadas de um quadro avançado de fibrose pulmonar. A despeito de todo suporte terapêutico, o quadro se agravou nas últimas horas, evoluindo para falência múltipla dos órgãos”, diz a nota do hospital.

Vida, carreira e impacto

Nascido em 22 de junho de 1936, Hermeto Pascoal era alagoano e natural do povoado de Olho d’água, no município de Lagoa Grande. O artista deixa seis filhos, 13 netos e dez bisnetos.

Um dos nomes mais inovadores e reverenciados da música brasileira, foi compositor, arranjador, multi-instrumentista e improvisador. Iniciou sua carreira aos 14 anos de idade, e, ao longo dos mais de 70 anos de atividade flertou com diversos géneros como jazz, o forró, o samba e o frevo –apesar de se referir a seu estilo como aquela “música universal” – e até por isso coleciona elogios, de nomes como Elis Regina e Miles Davis.

“A minha mente não para. Ela chega e vai rodando como nosso planeta. Por isso que eu chamo a música de música universal. Nada de decorar as coisas. Só criar na hora, como a própria natureza. Eu me surpreendo mesmo”, afirmou ele em entrevista ao portal g1, em 2023.