Natanzinho Lima destaca influência na Bahia e diz que arrocha vive seu melhor momento

O cantor Natanzinho Lima destacou a Bahia como eixo central do crescimento recente do arrocha e afirmou ter construído uma relação especial com o público baiano, berço do gênero que hoje ocupa grandes palcos do país. A declaração foi feita em entrevista na terceira noite do Festival Virada Salvador, na segunda-feira (29), na Arena O Canto da Cidade, na Boca do Rio.

Segundo o artista, o estado tem papel histórico e simbólico para o arrocha, por ter revelado nomes que consolidaram o estilo no cenário nacional. “A Bahia é onde nasceu o arrocha. Foi dali que surgiram artistas como Pablo, Tayrone, Asas Livres e Silvanno Salles”, afirmou. Para Natanzinho, essa trajetória explica a forte identificação do público local com o ritmo.

O cantor disse ter se surpreendido ao figurar entre os artistas de arrocha mais ouvidos na Bahia, um mercado tradicionalmente competitivo. “Eu não imaginava chegar entre os mais escutados aqui. Isso é muito massa”, declarou, ao comentar a receptividade do público baiano ao seu trabalho.

Natanzinho avaliou que o gênero vive seu melhor momento histórico, com maior circulação em eventos de grande porte e espaços antes pouco acessíveis ao arrocha. “Hoje o arrocha está vivendo um momento muito bom, talvez o melhor que já viveu, tocando em grandes eventos, em lugares onde nunca tinha passado”, disse.

Ele atribuiu esse avanço a um processo de construção coletiva iniciado por artistas que abriram caminho nos anos anteriores. “Isso vem da galera do Pablo, do Tayrone, do Silvanno Salles e de outros que já vêm construindo essa estrada”, afirmou.

Ao falar sobre Salvador, o cantor ressaltou a conexão direta com o público local. “A Bahia tem um encontro muito forte com o arrocha, e Salvador escuta muito o gênero. Existe uma relação muito boa”, concluiu, ao destacar a importância do estado na consolidação e renovação do estilo musical.