Publicado em 25/10/2025 às 13h36.

Oralidade e juventude baiana são destaques no 2º dia da Flica 2025

NegaFyah e Alice Nascimento, com mediação de Breno Silva, destacaram a força da oralidade na literatura enriquece a produção cultural

Redação
Foto: Diego Silva

 

A juventude baiana e brasileira manifesta suas ideias, sentimentos, protestos por meio da palavra falada, da música, dos saraus e tem encontrado na oralidade a interseção com a poesia e a literatura. Esse movimento, que ganha cada vez mais força e se consolida entre os jovens, foi debatido no espaço Geração Flica ontem (24), com o tema “A poesia da transformação do Slam: Palavras que revolucionam”.

A mesa contou com a participação dos autores NegaFyah, Alice Nascimento e Breno Silva, que se comunicam pela oralidade e cujos trabalhos resultaram na criação de livros, alguns já lançados e outro, o de Breno, ainda previsto para chegar às livrarias. Na mesa, os três autores contaram um pouco do início de suas trajetórias e suas inspirações.

“A minha trajetória começa nos saraus de poesia e eu não sabia que era uma arte, uma potência para mim”, disse NegaFyah. Alice Nascimento afirma que começou a ter “acesso à cultura de rua, batalhas de rima, me reconhecendo no lugar do hip hop e o conhecimento da obra de NegaFyah foi o principal motivador para escrever”. Já Breno, apaixonado por oralidade e literatura, destacou que “o artista se apresenta com a sua obra, e quando a gente morre, o que fica é a obra”.

Para o curador do espaço, Deco Lipe, a performance poética que mistura oralidade, corpo e emoção enriquece a cultura trazendo novas possibilidades, olhares e atraindo mais atenções. “Uma produção muito bonita, muito rica, que vem desse lugar da oralidade, para que depois esses artistas possam publicar, passar isso para o papel. Então, a ideia é a gente pensar nesse lugar de deslocamento da palavra, de como ela surge dentro da oralidade e vai para a escrita”, ressaltou.

Deco acrescentou que toda a riqueza do trabalho desses autores apresentados de forma falada também podem encontrar o público na escrita. “Um trabalho muito bonito, muito primoroso, que até então não se via nesses lugares, nessas festas literárias, e ele precisa também ser visto, precisamos também escutar o que ele tem. Então, a ideia da mesa foi juntar esses três universos e mostrar a força e a potência dessa juventude provedora, protagonista”, concluiu.

A 13ª edição da FLICA tem patrocínio do Governo do Estado, através do FazCultura, Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) e Secretaria da Fazenda (Sefaz), Bahiagás, Caixa, Petrobras, por meio do Programa Petrobras Cultural, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet e Governo Federal. É contemplado também pelo Projeto Bahia Literária, iniciativa da Fundação Pedro Calmon (FPC), unidade vinculada da SecultBA, e da Secretaria Estadual de Educação (SEC). Conta com o apoio da EMBASA. A realização é da SCHOMMER, em parceria com a Prefeitura Municipal de Cachoeira e LDM (livraria oficial do evento).

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