Publicado em 14/11/2016 às 09h22.

Outro Roberto Carlos já pode usar o próprio nome em imobiliária

O cantor Roberto Carlos levou o corretor à falência ao entrar com processo impedindo-o de batizar negócio com o nome de ambos

Redação
Montagem: Bahia.ba
Montagem: Bahia.ba

 

A imobiliária Roberto Carlos, de propriedade do corretor de imóveis Roberto Carlos Vieira, 53, fechada há mais de um ano, poderá retornar às suas atividades normais, uma vez que o corretor ganhou na Justiça o direito de usar o próprio nome em seu negócio – embora isso desagrade ao outro Roberto Carlos, o famoso cantor.

O juiz Fernando Antonio Tasso, da 15ª vara cível de São Paulo, julgou improcedente o pedido do Rei, que impedia que seu xará batizasse a imobiliária, localizada em Vila Velha (ES), com o nome de ambos. Mesmo que, segundo Roberto Carlos, o corretor, nem sequer seu nome é uma homenagem ao cantor, muito menos o da imobiliária. Afinal, não pode existir outro Roberto Carlos no mundo?

O juiz condenou ainda a Editora Musical Amigos, detentora da marca “Roberto Carlos”, e que moveu a ação, ao pagamento das custas e dos honorários do advogado do corretor. “[A imobiliária] não se valeu do nome Roberto Carlos para se beneficiar da autora [editora], e que apenas utilizou como nome comercial o nome civil do corretor de imóveis, que é coincidentemente o mesmo que o do cantor”, escreveu o juiz na decisão de 1º de novembro.

O cantor possui desde 2011 uma incorporadora chamada Emoções, e, desde 2009, o registro da marca ‘Roberto Carlos’ no ramo imobiliário. Por isso, entrou com uma liminar contra Vieira em 2015, pedindo o pagamento de indenização a título de danos morais. A primeira decisão da Justiça fixou em R$ 1 mil a multa diária caso o corretor não deixasse de usar o próprio nome na sua empresa.

Tendo que pagar multas e retirar de circulação placas, cartões e páginas nas redes sociais e na internet, Roberto Carlos Vieira faliu. Deixou de pagar a faculdade das filhas, cortou luxos e passou a trabalhar com bicos em corretoras de Vila Velha para sobreviver nos últimos meses. A esposa, com câncer, entrou em depressão.

Agora, com a nova decisão da Justiça que permite a retomada do negócio, Vieira espera voltar a ser empresário. “A gente não vive numa monarquia, com essas coisas de ‘rei, mas numa democracia. Eu nunca entendi porque eu não tinha o direito de usar o meu próprio nome”, comentou. O corretor agora vai esperar o seu advogado voltar de uma viagem aos Estados Unidos para saber quais procedimentos legais vai tomar, como o pedido de indenização por danos materiais e morais.

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