Renata Fechine lança música e celebra renascimento na carreira

Aos 22 anos, a cantora e compositora baiana Renata Fechine vive um recomeço. Nesta quinta-feira (10), à meia-noite, ela lança sua nova música autoral Quando Achar Que Esqueceu nas plataformas digitais. A canção marca não apenas o retorno aos lançamentos solo após um hiato de cinco anos, mas simboliza um período de superação e afirmação artística e pessoal.

Em entrevista ao bahia.ba, a cantora abriu o coração e compartilhou os desafios que enfrentou desde o início da carreira, ainda aos 17 anos, até o momento atual, que ela define como “de renascimento”. A artista, que começou no rap, agora se reinventa com uma sonoridade mais livre e plural.

“Essa música representa justamente essa nova fase”, afirma. “Durante cinco anos da minha vida, eu continuei fazendo música nos bastidores, com participações, feats, mas não lancei nada sozinha. Essa música é uma resposta para esse silêncio, para tudo que vivi nesse tempo. Ela fala sobre parar de se atrasar por pessoas com pensamento pequeno.”

Renata revela que durante muito tempo teve seus sonhos questionados por quem estava ao seu redor. “Sempre ouvi que eu precisava de um plano B, C… Que a música não podia ser meu plano A. Isso me travou. Deixei esses discursos me limitarem e me afastarem do que eu queria pra mim. Mas agora eu sei: eu posso e mereço viver disso.”

A nova faixa nasceu quase por acaso, no meio da produção de um EP que ela vem desenvolvendo há mais de um ano. “Fiz várias músicas pensando em qual seria a primeira desse novo momento, e no dia em que escrevi Quando Achar Que Esqueceu, eu senti que era essa. O refrão virou um mantra pra mim, fala que ainda tem muita coisa pra viver, pra ver, e que eu não vou mais me atrasar por coisas pequenas.”

A mudança também veio com um novo nome artístico. Anteriormente conhecida como RGFEC, ela agora se apresenta como Renata Fechine, resgatando sua identidade e força. “Esse nome carrega minha verdade. É o meu primeiro lançamento com ele, e simboliza esse processo de me entender, de me aceitar e de assumir que eu tenho o direito de ocupar meu espaço na música.”

Sobre referências, Renata se inspira em grandes nomes femininos da música brasileira. “A Anitta, por exemplo, me inspira muito. Sonoramente, talvez a gente não tenha tanta semelhança, mas o que ela representa como artista, a forma como ela construiu sua trajetória, com coragem e estratégia, me motiva. Eu quero ser dona da minha história assim como ela.”

A jovem baiana também falou sobre como a música se tornou seu único caminho possível. “Eu não me vejo fazendo outra coisa. Eu sou música, vivo música. Quero estrada, quero palco, quero gente. Quero viver tudo que esse universo puder me dar. E o melhor: quero fazer isso sendo eu mesma, sem ter que me encaixar em moldes.”

Renata faz questão de deixar uma mensagem para outras jovens mulheres que sonham em viver de arte. “Não deixem que apaguem o brilho de vocês. Não mudem por ninguém. Acreditem na própria intuição. O mercado é cruel, principalmente com mulheres, mas quando a gente rega nossa arte com amor, ela floresce. E ninguém pode tirar isso da gente.”