Publicado em 06/11/2024 às 21h00.

Sarajane diz que Axé Music ‘acabou’

Cantora declarou que gênero já não existe, mas a música baiana se mantém forte

Redação
Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal

 

Um dos nomes mais conhecidos da Axé Music, Sarajane declarou que o gênero musical já não existe mais, porém ressaltou que a música baiana permanece viva e se atualizando. A cantora foi a entrevistada do programa ‘Papo Reto’, da Rádio A TARDE FM (103,9), e ainda falou do Carnaval. A informação é de uma matéria do Jornal A Tarde.

Questionada sobre o ritmo que completará 40 anos em 2025, a artista opinou: “A Axé Music acabou. Acabou a partir do momento em que houve tanta vaidade. Mas quando fala de música baiana, ancestral, ela não acabou, ela se atualiza todos os dias”.

A reportagem do A Tarde aponta que a artista, que citou a Baiana System como uma banda que segue as tendências observadas no Axé, completou: “Quando se fala de música baiana se fala em mistura de células rítmicas, de toda ritmia, harmonia e da nossa ancestralidade. A música baiana não vai acabar nunca, ela vai se modernizando”.Durante a entrevista, Sarajane ainda disse que sempre pensou no coletivo e ajudou para que o ritmo e, principalmente, Salvador aparecesse no Rio de Janeiro e na televisão nacional.

“Eu pensei no coletivo, em levar todo mundo, mas me lasquei. Mas hoje eu vejo que foi muito importante. O precursor sempre se dá mal, porque ninguém fala dele ou lembra dele. No entanto, eu acho que dividir [espaço] é importante”, confessou.

Ainda de acordo com o A Tarde, a artista que é uma das precursoras do Axé Music também falou que não deseja nunca mais fazer o mesmo sucesso que conquistou no início da carreira: “Não quero nunca mais ser esse estouro que eu fui, porque foi horrivel. Sofri muito. Eu não quero ser estrela. É muita fake news e mentira. Eu curto gente de verdade, eu curto a verdade”.

Sarajane sinalizou que tem conversado com a prefeitura de Salvador e o governo da Bahia para conseguir espaços no Carnaval 2025, mas pontuou que não deseja subir novamente em trio elétrico.”Não quero mais cantar em trio. Eu já fiz 41 anos de trio elétrico e estou de saco cheio. Eu quero fazer nos palcos [dos bairros de Salvador]. Eu amo”, completou

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