Publicado em 05/11/2025 às 13h57.

Tatau, Marcia Short e Lazzo Matumbi celebram 40 anos da Axé Music no Afropunk

Espetáculo “AFRO Axé Music” homenageia a ancestralidade e os blocos afro em show no Parque de Exposições, em Salvador

João Lucas Dantas
Foto: Divulgação/ Assessoria

 

O clima foi de reencontro, celebração e emoção no ensaio do espetáculo “40 anos da AFRO Axé Music: Tatau convida Marcia Short e Lazzo Matumbi”, realizado nesta terça-feira (4), em Salvador.

O show, que será apresentado nos dias 8 e 9 de novembro durante o Afropunk Brasil 2025, no Parque de Exposições, é uma homenagem potente à história e à ancestralidade de um dos gêneros mais transformadores da música brasileira.

Idealizado pela IDW Entretenimento, com roteiro e direção artística de Gil Alves, o espetáculo reúne três nomes fundamentais da música negra baiana em uma celebração que revisita quatro décadas do Axé Music. O repertório inclui clássicos como “Protesto Olodum”, “Alegria da Cidade”, “Crença e Fé” e “14 de Maio”. A equipe artística conta ainda com assistência de direção de Joy Alexandrino, direção de movimento de Jorge Silva e os performers Jéssica Santana, Irlen Bispo, Dudé Conceição e Agatha Lisboa.

Entre risadas, memórias e afeto durante o ensaio, Tatau, Marcia Short e Lazzo Matumbi compartilharam o mesmo propósito: reafirmar a origem preta do Axé e celebrar os sons que nasceram dos blocos afro, dos terreiros e das ruas de Salvador.
“Esse show é um presente. Cantar com Marcia e Lazzo é como voltar para casa e reencontrar o coração do Axé”, afirmou Tatau, anfitrião e um dos grandes compositores do gênero.

Para Marcia Short, a celebração é também um ato de reconhecimento: “O Axé é preto, é feminino, é do povo. Esse show é sobre quem sempre esteve aqui, mesmo quando não foi visto”. Já Lazzo Matumbi definiu o momento como “um gesto de memória e ancestralidade”: “Antes de ser Axé, já era tambor e canto de liberdade. É sobre lembrar de onde viemos e pra onde seguimos”.

Com cinco atos, o espetáculo propõe uma travessia entre passado, presente e reflexões sobre o futuro do Axé, como na canção “Meu Samba Reggae”, gravada por Marcia Short — exaltando a força criativa que transformou o movimento em símbolo de resistência e alegria.

“É uma celebração de uma história que nasceu preta, da batida dos blocos afro, e que hoje ecoa no AFROPUNK de volta ao seu povo”, resume o diretor Gil Alves.

O show “40 anos da AFRO Axé Music” integra a programação da quinta edição do AFROPUNK Brasil, que este ano apresenta nomes como Tems, Coco Jones, Sister Nancy & BaianaSystem (em show inédito), BK’, Péricles, Liniker, ÀTTØØXXÁ, Os Garotin, entre muitos outros.

Apresentado pelo Banco do Brasil, o festival conta com patrocínio do Governo Federal, Ourocard, Visa, Heineken e Coca-Cola, além de apoio do Salon Line, SEBRAE, Salvador Shopping, OEI e New Era. A realização é da IDW Company, responsável pela curadoria e produção de grandes projetos culturais e de entretenimento no país.

João Lucas Dantas
Jornalista com experiência na área cultural, com passagem pelo Caderno 2+ do jornal A Tarde. Atuou como assessor de imprensa na Viva Comunicação Interativa, produzindo conteúdo para Luiz Caldas e Ilê Aiyê, e também na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador. Foi repórter no portal Bahia Econômica e, atualmente, cobre Cultura e Cidade no portal bahia.ba. DRT: 7543/BA

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Settings ou consulte nossa política.