‘The Crown’: série inglesa é a maior e melhor já lançada pela Netflix
Herdeira do público de "Downtown Abbey", obra chamou atenção antes mesmo do lançamento: produção foi avaliada em 100 milhões de libras

Dos 64 anos de reinado da rainha Elizabeth II, a série “The Crown” escolheu retratar justamente o caminho que levou Isabel II à coroa. Situada entre os acontecimentos apresentados nos filmes “O Discurso do Rei” e “A Rainha”, a série criada por Peter Morgan – cujo roteiro deste segundo lhe rendeu a indicação ao Oscar – e dirigida por Stephen Daldry (de “Billy Elliot”, “As Horas” e “O Leitor”), o seriado começa no casamento da princesa com Philip, futuro duque de Edimburgo.
Herdeira do público de “Downtown Abbey”, que teve sua última temporada exibida neste ano, a nova obra da Netflix chamou atenção antes mesmo de seu lançamento: a produção foi avaliada em 100 milhões de libras (cerca de R$402 milhões), ultrapassando “The Get Down”, de Baz Luhrmann, antiga líder do ranking das mais caras do serviço de streaming, com o custo de U$ 120 milhões. O valor exorbitante é justificado pela caprichada composição estética da atração. Os detalhes na recriação de cenários da época são impressionantes, assim como o figurino dos personagens, que condiz perfeitamente com a personalidade de cada um e as cenas externas nas “highlands’ escocesas e no Quênia.
A performance de Claire Foy na pele da majestade merece todos os elogios possíveis e imagináveis. A atriz – que interpretou a controversa Ana Bolena em “Wolf Wall” da BBC –, consegue, através de uma atuação livre de maneirismos, traçar a evolução de Elizabeth de uma maneira extremamente humana, derrubando todos os preconceitos que giram em torno da mítica figura da monarca. A boa performance é atrelada a um roteiro primoroso: no começo, temos a princesa que, em seu casamento, faz questão de incluir em seus votos que obedecerá o marido e depois de receber o título, exige que este se ajoelhe sob seus pés durante a sua coroação. Inclusive, seu esquecimento nos indicados do Critics Choice Awards é inadmissível.
O companheiro da maior líder da monarquia, Philip, é interpretado por Matt Smith, que mostra um trabalho bem diferente do que apresentou em Doctor Who –mas, de maneira alguma, inferior. Neste, Smith consegue, em uma atuação “stanislavska”, retratar as contradições de um homem que, ao mesmo tempo em que é dono de ideais modernos, não reage bem ao papel de súdito da mulher.

O grande mérito da produção, no entanto, está na composição impecável de John Lithgow na pele do polêmico primeiro-ministro Winston Churchill. O artista consegue reproduzir todos os trejeitos e, ao mesmo tempo, humanizar o político conservador, que mesmo em decadência física e mental não abre mão do cargo. Qualquer tentativa de descrever a elegância e sagacidade do personagem em palavras seria vã.
Além da história principal, a série apresenta subtramas extremamente relevantes: a rebelde princesa Margareth e o seu romance proibido com o divorciado capitão Peter Townsend, as consequências da abdicação de Eduardo VIII e sua relação com a mãe Maria de Teck e os conflitos internos da Rainha-Mãe. Todos conseguem operar de maneira harmônica e redonda, sem parecer “encheção de linguiça”.
“The Crown” vem mostrar aos espectadores que apesar de ultrapassada, a monarquia inglesa ainda dá pano pra manga e, acima de tudo, que a realidade consegue ser ainda mais surpreendente do que a imaginação da mente humana pode criar.
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