Tom Jobim, o maior compositor brasileiro, faria 90 anos nesta quarta
Um dos país da bossa nova, Tom é autor de algumas das canções mais executadas no mundo, como a "Garota de Ipanema"

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (1927 — 1994) é considerado por muitos dentre os maiores, o maior compositor brasileiro de todos os tempos. Autor de clássicos como “Garota de Ipanema”, “Desafinado” e “Insensatez”, o maestro e arranjador é um dos 3 pilares da bossa nova, com João Gilberto e Vinícius de Moraes. E a bossa nova é um dos pilares da música do Século XX, no mundo inteiro.
“Mais um jovem compositor popular – Chama-se Antônio Carlos Jobim e, além de compositor de sambas, é um excelente improvisador. A maioria, aliás, de suas produções, nasce sem rumo certo por esses passeios sem rumo pelo teclado do piano, que também toca muito bem, enchendo lugares que costuma frequentar, de muita vibração e muito ritmo. Vive em Copacabana e já é um nome popular. Os rapazes trauteiam sua melodias e o cantor Lúcio Alves espera gravar um de seus sambas”, dizia a primeira notícia publicada na imprensa, mais precisamente no jornal A Noite, sobre Tom.
Sem assinatura, os elogios pioneiros do jornal se somariam a uma série infindável de louvores a Jobim, vindos das mais variadas partes do mundo, e assinados por uma lista laureada que vai de Chico Buarque a Ella Fitzgerald. “O maior melodista da segunda metade do século XX em todo o mundo”, disseram Stan Getz e o ex-presidente americano Bill Clinton. E, para o saxofonista David Liebman, que tocou com John Coltrane, Chick Corea e Miles Davis, “as canções de Jobim só são comparáveis aos lieder de Schumann”.
O maestro soberano, homem bonito, cheio de bom humor, de perfil atlético e ligado à natureza e à literatura (em uma entrevista, o repórter observa que a estante do músico tem dois exemplares de “Grande Sertão: Veredas”, lado a lado) era modesto, em geral, ao falar de sua própria música (“não gosto de ipsilones”, resumia), mas tinha plena consciência da grandeza de seu talento e, mais ainda, da importância de duas criações.
Sempre que fosse preciso defender o ímpeto revolucionário da bossa nova, Tom, Tonzinho, então mudava de tom, deixava a modéstia de lado e era incisivo. Com direito até a falar de si mesmo na terceira pessoa, à maneira de Pelé, também sabendo-se rei: “Eu acho que uma coisa revolucionária não é você vestir uma camisa vermelha, andar de motocicleta, tomar droga e se machucar. Isso não é revolucionário. Isso meu avô já fazia. Revolucionário é o Tom Jobim, esse sim!, esse é que é revolucionário! Porque você trocar uma estrutura toda, uma visão toda, trocar a harmonia… modificar os troços, influenciar o mundo inteiro, isso é que é revolução!”.
Inútil e desnecessário enumerar os discos, as músicas, os êxitos de execução do grande artista. Mais correto é mencionar o indispensável “A música segundo Tom Jobim” (2012), filme de Nelson Pereira dos Santos, obra fundamental, à altura do homenageado. Quer ver? Ouça. Ouveja. Talvez citar frases de Tom, quase sempre mordazes, sempre reveladoras. “O Brasil não é para amadores”. “Tenho esperanças que o rock vai evoluir e descobrir o quarto acorde, porque fazer música só com três acordes é difícil, né?”. “A morte não existe, Clarice. Tive uma experiência que me revelou isso. Assim como também não existe o eu nem o euzinho nem o euzão. Fora essa experiência, que não vou contar, temo a morte vinte e quatro horas por dia”.
Voltando àquela primeira nota sobre ele, d’A Noite, onde se destaca o improviso ao piano, há uma história interessante. Um certo alguém teria comentado, em tom interrogativo, com outrem, o fato de que ele, Tom, usava pouquíssimas notas ao improvisar. Por quê? Quis saber. Resposta: “É porque ele só toca as melhores”. Sim e não. Tom Jobim, o artista que comemoraria 90 anos neste 25 de janeiro, toca os melhores e os piores também. Não há como ficar imune. Não há guarda-chuva contra o amor.
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