Publicado em 11/11/2025 às 15h50.

VÍDEO: Influenciadora baiana denuncia racismo no Centro de Salvador

Bárbara Carine relatou que o irmão foi humilhado por dona de estabelecimento

Edgar Luz
Foto: Reprodução/RedesSociais @uma_intelectual_diferentona

 

A professora e influenciadora Bárbara Carine usou as redes sociais, nesta segunda-feira (10), para denunciar um episódio de racismo sofrido por seu irmão, o engenheiro mecânico Hermilo Neto, em um bar localizado nas imediações do Campo Grande, região central de Salvador.

Em um vídeo publicado no Instagram, a escritora explicou que recebeu uma mensagem do irmão nas primeiras horas do dia, relatando o ocorrido. Segundo ela, o tom da conversa chamou atenção, já que Hermilo costuma ser discreto e reservado.

“Acordei agora há pouco com privação de sono comum a mães de bebês, e aí, nesses momentos, geralmente não pego no celular… mas eu vi uma mensagem do meu irmão, que é uma figura muito contida. Ele me mandou uma mensagem que começava assim: ‘Você sabe que não ando bem psicologicamente em virtude dessa busca desenfreada por emprego. Eu tenho extravasado essas frustrações bebendo pelo centro’”, contou.

No relato, Hermilo descreveu uma cena de humilhação dentro do bar identificado como Mercado Santa Bárbara. Ele contou que, ao tentar agradecer à proprietária do local com um aperto de mãos, foi surpreendido pela reação dela.

“Eu fui pegar na mão da dona, uma mulher branca, e agradecer. O que eu peguei na mão dela, na minha frente, ela tirou a mão e pediu rapidamente que o seu funcionário trouxesse esse desinfetante para limpar a sua mão que pegou na minha”, escreveu o engenheiro.

Bárbara pediu respeito

Bárbara encerrou o desabafo refletindo sobre o impacto de situações como essa na saúde mental e emocional de homens negros. Ela lembrou que episódios de racismo não se limitam a momentos isolados, mas fazem parte de um ciclo de exclusão e violência simbólica.

“Vocês sabem que as maiores vítimas de suicídio na sociedade são homens negros, com virtude de um atravessamento interseccional, sim, de raça, gênero e classe. Eles estão nessa situação por serem pobres, por serem negros, por serem homens. […] Respeite a minha família, respeite as pessoas negras, respeite seus consumidores todos”, declarou.

Assista:

 

Edgar Luz
Jornalista, apaixonado por comunicação e cultura, pós-graduando em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Atualmente integra as redações do Bahia.ba e do BNews, escrevendo principalmente sobre entretenimento, mas transitando também por outras editorias. Com passagens pelos portais Salvador Entretenimento e Voz da Cidade, tem experiência em reportagem, assessoria e Social Media.

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