Publicado em 12/11/2025 às 16h26.

VÍDEO: Jornalista baiana relata violência obstétrica em hospital particular

Paulyane Araújo denunciou caso dias depois de dar à luz a primeira filha

Edgar Luz
Foto: Reprodução/Redes Sociais @paulianearaujo

 

A jornalista baiana Paulyane Araújo fez um relato comovente nas redes sociais, nesta quarta-feira (12), ao detalhar o que classificou como violência obstétrica sofrida após o nascimento da primeira filha, Maria Helena, no dia 5 de novembro.

No Instagram, a comunicadora contou que o nascimento ocorreu sem complicações e com bom atendimento médico. O problema, segundo ela, começou depois da alta:

“O parto foi lindo, impecável e com atendimento excelente, da terça, dia 4, até a sexta, dia 7, quando tive alta. Mas no próprio dia 7 precisei internar novamente”, relatou.

De acordo com Paulyane, o retorno à maternidade aconteceu por causa de um sangramento uterino. “Como eu tive laceração grau 2 durante o parto, acabei tendo sangramento uterino, e durante os exames, Bruna também encontrou um sangramento na laceração”, explicou, citando a obstetra responsável pelo acompanhamento da gestação.

Foi durante essa segunda internação que o episódio de violência teria ocorrido. Paulyane relatou ter sido tratada com grosseria e até agredida fisicamente por uma profissional de saúde:

“Uma das pessoas que estava ali na situação chega pra mim e fala: ‘bora, bora, bora’, me dá um tapa no braço. Eu falei: ‘calma, pelo amor de Deus, o que é isso? Você não tá vendo minha situação?’”, contou.

 

Família em desespero

A cena, segundo ela, aconteceu na frente do marido, Diogo Paoli, e da mãe, que se desesperaram com o estado dela. “Diogo com a Maria Helena no colo, chorando, porque estava vendo a mulher dele numa situação terrível, com a nenenzinha”, relatou.

Além das agressões, Paulyane afirmou que a filha, recém-nascida e com baixo peso, ficou sem alimentação adequada durante o período.

“Pedi por tudo que fizessem uma fórmula pra ela, porque como eu ia operar, não ia poder dar de mamar. Eu ouvi que ela não estava internada e que iam ver se podiam fazer alguma coisa. Imagina o desespero da mãe”, desabafou.

A jornalista explicou que a experiência se enquadra no conceito de violência obstétrica definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que engloba qualquer violação de direitos ou tratamento inadequado à gestante, à puérpera ou ao bebê.

Apesar da situação traumática, Paulyane fez questão de agradecer à equipe médica que a acompanhou durante toda a gravidez. “Quero mais uma vez agradecer a @brunaobstetra e à equipe da @casa.matris pelo trabalho impecável comigo, durante o pré-natal, o parto e o pós-parto. As pessoas envolvidas nos eventos negativos não são dessa equipe”, esclareceu.

Ela acrescentou que o hospital entrou em contato após o caso vir a público. “Desde ontem, a ouvidoria do hospital já está em contato comigo”, finalizou.

 

Edgar Luz
Jornalista, apaixonado por comunicação e cultura, pós-graduando em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Atualmente integra as redações do Bahia.ba e do BNews, escrevendo principalmente sobre entretenimento, mas transitando também por outras editorias. Com passagens pelos portais Salvador Entretenimento e Voz da Cidade, tem experiência em reportagem, assessoria e Social Media.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Settings ou consulte nossa política.