Graduada e mestre em Relações Internacionais, com foco em Geopolítica; tem experiência em análises conjunturais para diversos institutos de pesquisa da PUC MINAS, Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade de Groningen, na Holanda; já trabalhou na pesquisa e redação de clippings e notícias para a base de dados CoPeSe, parceria com o programa de Voluntariado das Nações Unidas.
Para ouvir, assistir e ler: relembre os 80 anos da bomba de Hiroshima

A tragédia de Hiroshima e Nagasaki, que aconteceu há exatos 80 anos, marcou uma geração. Deixou um legado cultural significativo, com diversas obras artísticas e documentais abordando o bombardeio e suas consequências, uma forma de nos lembrarmos da história e de que ela não se repita. Para marcar essa data, segue abaixo uma lista com músicas, livros e documentários que abordam o tema.
Música
“Rosa de Hiroshima”, de Secos & Molhados (1973)
Lançada em 1973 no álbum homônimo do Secos & Molhados, a canção “Rosa de Hiroshima” nasceu a partir do poema escrito por Vinicius de Moraes. Nele, o poeta vislumbra na explosão atômica a imagem de uma rosa — bela e trágica, ainda que “inválida” — transformando seus versos em denúncia poética contra a barbárie nuclearl.
“Radioactivity” – Kraftwerk (1975)
Na música, a banda se declara contra a exploração de energia nuclear, citando uma série de episódios trágicos envolvendo radioatividade, entre eles o acidente de Chernobyl e Hiroshima, além da mensagem “stop radioactivity”, em bom português, “pare a radioatividade”.
“Hiroshima” – Wishful Thinking (1971)
Lançada em 1971, durante a Guerra do Vietnã e em plena era da contestação social e política, “Hiroshima” surge como uma balada pacifista, ecoando os traumas da Segunda Guerra Mundial. Com arranjos suaves de guitarra e vocais melódicos, a canção é construída como um lamento e um pedido de desculpas à cidade devastada e trata da destruição causada pela bomba. É considerada uma das músicas anti-guerra mais icônicas dos anos 70 na Europa. Na Alemanha, país marcado por culpa e reflexões sobre os horrores da guerra, teve um impacto especial, ocupando o topo das paradas.
“Black Rain” – Ozzy Osbourne (2007)
A música em questão foi lançada em 2007, período marcado por guerras no Oriente Médio e pelo debate sobre armas de destruição em massa. Embora “Black Rain” não fale explicitamente de Hiroshima ou Nagasaki, o título é uma metáfora para a chuva radioativa pós-bomba, um fenômeno real que ocorreu após a explosão da bomba em Hiroshima, quando a fuligem radioativa caiu do céu como uma chuva escura e tóxica. Na música, Ozzy também faz uma crítica a líderes que, em nome do poder ou do lucro, sacrificam vidas humanas com indiferença.
Documentários
White Light/Black Rain: A destruição de Hiroshima e Nagasaki ( 2007)
- Direção: Steven Okazaki
- Onde assistir: HBO Max
- Sinopse: Com depoimentos sinceros dos sobreviventes das bombas (hibakusha) e soldados americanos envolvidos na missão,o impacto está na dureza dos relatos. O filme trás um retrato devastador e sem sensacionalismo dos efeitos físicos e emocionais da bomba.
Hiroshima (2005)
- Direção: Paul Wilmshurst
- Onde assistir: YouTube / BBC
- Sinopse: fazendo uma mescla de encenação e documentário, o filme trás reconstruções realistas e entrevistas de sobreviventes ao ataque. Aborda desde a decisão política ao impacto sofrido por quem sofreu o ataque.
Hiroshima O Dia Seguinte (2011)
- Produção: National Geographic
- Onde assistir: Youtube
- Sinopse: o documentário conta o que aconteceu nas 24 horas seguintes ao dia 6 de agosto. Traz diversos depoimentos pessoais de pessoas cujas vidas foram profundamente impactadas pela bomba, sejam elas vítimas ou pessoas parte da equipe militar e científica.
Livros
Flores de Verão (Tamiki Hara, 1949): Clássico da literatura japonesa do século 20, o livro é escrito por um sobrevivente da bomba atômica e narra tanto o ataque, quanto os momentos subsequentes à ele. Suas descrições são vivas e cheia de detalhes, mas fogem do mainstream: descreve desde as vítimas em desespero pelas ruas, mas também a cidade, os parques e o rio que marcava a geografia de Hiroshima .
Hiroshima (John Hersey, 2002): Além de trazer um relato potente sobre o dia em que a bomba atômica caiu sob a cidade japonesa, o livro em questão é considerado um dos fundadores do jornalismo literário. É a adaptação da reportagem clássica publicada na revista The New Yorker, escrita um ano após a bomba ter atingindo Hiroshima.
A Última Mensagem de Hiroshima: o que vi e como sobrevivi à bomba atômica (Takashi Morita, 2017): O livro conta a história de Takashi, sobrevivente da bomba que veio morar no Brasil depois da Guerra. Perpassando sobre temas como trauma, memória, história e guerra, é um relato duro e cruel sobre parte da nossa história. O autor, que faleceu aos 100 anos em 2024, deixou uma obra impactante.
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