Publicado em 25/09/2025 às 07h53.

Após vencer o Bahia, Diniz critica árbitro: ‘Critério foi modificando’

Treinador reclamou da não expulsão de Sanabria no segundo tempo

Leandro Aragão
Foto: Matheus Lima/Vasco

 

Não foi apenas Rogério Ceni que ficou na bronca, o técnico Fernando Diniz criticou a arbitragem do jogo, capitaneada por João Vitor Gobi, que terminou com a vitória do Vasco sobre o Bahia por 3 a 1, de virada, na noite desta quarta-feira (24), em São Januário, pelo jogo atrasado da 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Cruzmaltino perdia por 1 a 0 quando o volante Jean Lucas recebeu cartão vermelho ainda no primeiro tempo. O treinador queria também a expulsão de Sanabria na etapa complementar por uma falta dura em Puma Rodríguez.

“Acredito que mesmo tendo a expulsão, o outro lance foi para expulsão claramente. E o critério de se apitar foi modificando. Começa com um jeito de deixar o jogo correr mais, depois tem a expulsão, aí começa a picotar o jogo. O juiz era o quarto árbitro lá em Porto Alegre, os caras fizeram cera desde o início do jogo e não fez menção em nenhum momento em dar cartão amarelo. E o Léo Jardim vai ser nos próximos anos o único goleiro expulso no Brasil por conta do que aconteceu lá no sul de o juiz achar que estava fazendo cera”, disse na entrevista coletiva.

Antes do treinador falar, o diretor de futebol do Cruzmaltino, Admar Lopes, entrou na sala de imprensa e também disparou contra a arbitragem.

“Venho para esta sala hoje por um motivo para vocês não dizerem que o Vasco só se queixa de arbitragem quando perde. O que aconteceu hoje foi escandaloso. Porque colocou a integridade física dos nossos jogadores em risco. Teve três lances claros de expulsão. Não coloco em causa a intenção dos jogadores do Bahia. Quando toda gente defende a qualidade do futebol brasileiro, o espetáculo e simplesmente tem árbitros que não defendem o espetáculo e os jogadores. Mesmo ganhando, tivemos três casos escandalosos de entradas completamente despropositadas em jogadores do Vasco. Uma delas o VAR chamou para analisar e não sei o que ele viu na imagem. Ainda mais grave no caso do Puma não ter sido expulso. Se querem realmente defender o espetáculo e o jogador, não podem ter árbitros como esse a apitar”, afirmou.

Do lado do Bahia, Rogério Ceni disse que o VAR foi “favorável para o time da casa”. O treinador reclamou de alguns lances que a tecnologia não pediu que o árbitro revisasse.

“No lance do Jean, não sei se pega, não é uma cotovelada, ele gira o corpo. E no lance do Juba, com um minuto e meio, que o volante deles vai com a mão na cara de Juba? E no lance de David, pré-escanteio, que o Gilberto está atrás dele, ele vira e dá uma mãozada? Se o Gilberto fosse dez centímetros mais baixo e pegasse no rosto, seria expulsão. Como foi no ombro… A gente já conhece a pressão que é feita na saída da arbitragem. Critérios distintos. Como chama o VAR no lance do Jean e do Sanabria e não chama no do Juba e do Gilberto?”, elencou.

Com a vitória, o Vasco consegue um respiro na briga contra o rebaixamento, saltou para a 13ª posição ao somar 27 pontos e abriu cinco do Z-4, que é aberto pelo Vitória em 17º. Já o Bahia estaciona nos 37 em sexto lugar, à frente do São Paulo, que é o sétimo com 35, e atrás do Botafogo, em quinto com 40.

Na próxima rodada, o Cruzmaltino recebe o Cruzeiro, no sábado (27), às 18h30, novamente em São Januário. No dia seguinte, às 16h, o Tricolor encara o Palmeiras, na Arena Fonte Nova.

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