Publicado em 16/10/2025 às 10h00.

‘Ba-Vi da paz’ ficou marcado por briga em campo e torcida mista no estádio

Clássico foi encerrado antes do tempo regulamentar e o último com torcedores nas arquibancadas

Redação
Reprodução: Maurícia da Matta/EC Vitória

 

Com apenas torcedores rubro-negros, o clássico Ba-Vi acontece nesta quinta-feira (16), às 21h30, no Barradão, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. Este será o quinto e último encontro entre os rivais Bahia e Vitória na temporada de 2025. A última partida com as duas torcidas nas arquibancadas aconteceu em 2018, ficou marcada por uma briga generalizada em campo e terminou antes do tempo regulamentar.

O clássico Ba-Vi do dia 18 de fevereiro de 2018, pela primeira fase do Campeonato Baiano, no Barradão, deveria ter ficado marcado na história pela volta da torcida mista nas arquibancadas. No ano anterior, o Ministério Público da Bahia recomendou que apenas os torcedores do time mandante poderiam acompanhar o duelo entre Bahia e Vitória, por conta de uma pancadaria que aconteceu após a partida na Arena Fonte Nova, que resultou na morte de uma pessoa. O jogo foi chamado de “Ba-Vi da paz” que selaria o retorno dos torcedores das duas equipes, no entanto uma briga generalizada em campo é que marcou a partida.

Dono da casa, o Vitória abriu o placar com Denílson aos 33 minutos do primeiro tempo. O empate do Bahia só veio aos quatro da etapa complementar com o gol de pênalti de Vinícius. A confusão começou quando o meia comemorou com sua tradicional dança. Os jogadores do Leão não gostaram e partiram para cima do atleta, que foi agredido por Kanu e Denílson e ficou com o rosto sangrando. Jogadores reservas do Tricolor invadiram o campo e transformou numa briga generalizada. O árbitro Jailson Macêdo Freitas expulsou sete. Pelo lado do Esquadrão, Vinicius, Lucas Fonseca, Edson e Rodrigo Becão foram pro chuveiro mais cedo, enquanto o Leão perdeu Kanu, Denílson e Rhayner. Mas os visitantes ficaram em vantagem numérica, porque Edson e Becão estavam no banco, enquanto os três dos donos da casa eram titulares.

Minutos depois da confusão, Uillian Correia também foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo. A polêmica chegou ao ápice após o técnico Vagner Mancini supostamente ter orientado o zagueiro Bruno Bispo forçar o segundo amarelo para receber o vermelho. Ao peitar o árbitro por reclamação, o atleta acabou sendo expulso deixando o Rubro-Negro com apenas seis em campo, número insuficiente para que a partida prosseguisse. O jogo foi encerrado aos 34 minutos.

A Federação Bahiana de Futebol (FBF) declarou o Bahia como vencedor por W.O. pelo placar de 3 a 0. Julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia, Vagner Mancini foi absolvido da acusação de ter forçado o encerramento da partida.

Forçou o encerramento?
Em abril deste ano, o ex-lateral Bryan Garcia, que foi titular do Vitória no “Ba-Vi da Paz”, admitiu em entrevista ao “Para de Clubismo Podcast”, que o treinador instruiu Bruno Bispo a forçar o amarelo para acabar com a partida.

“Mancini mandou a gente falar com fulano para tomar o cartão e acabar logo o jogo”, disse.

Mancini jamais admitiu a ordem. Em fevereiro também deste ano, ele participou do podcast “Futeboteco” e definiu o episódio como uma “grande palhaçada”.

“Aquilo foi uma grande palhaçada, essa é a verdade. O Ba-Vi estava 1×0 para o Vitória, sai um pênalti para o Bahia, eles empatam, o Vinícius faz uma dancinha e vira uma pancadaria no jogo. Eu não saí da minha área, fiquei parado, até porque a minha época de briga já tinha passado. Aí eu fiquei quieto e entrei no campo no final para ver quem o árbitro tinha expulsado, quatro jogadores do Bahia e três do Vitória”, falou.

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