Brasileiro de Windsurf coloca Baía de Todos os Santos em destaque

O potencial náutico da Baía de Todos os Santos credenciou a Ilha de Bom Jesus dos Passos para sediar o Campeonato Brasileiro de Windsurf 2015, nos próximos dias 20, 21 e 22 de novembro, ajudando atletas e praticantes de esporte à vela a concretizar o sonho de estabelecer a região como pólo de desenvolvimento para a prática de esportes e lazer náutico.
Os esforços dos baianos para isso vêm de longa data, mas agora, com o apoio do Governo do Estado, através das secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esportes (SETRE) e do Turismo (SETUR), e da Prefeitura de Salvador, foi possível atrair atletas de expressão internacional. “Para os praticantes do esporte na Bahia é um marco, sobretudo em ano de pré-olímpico”, comenta Alexandre Lessa, um dos organizadores do evento.
A pequena ilha, pertencente a Salvador, vai receber cerca de 60 velejadores, de sete estados brasileiros, entre eles Ricardo Winick (Bimba), atual líder do ranking mundial, e Bruna Martinelli, medalha de ouro nos Jogos Sulamericanos (2014), única atleta do nordeste integrante da Equipe Brasileira de Vela na Isaf Sailing World Cup. Eles aproveitarão a raia da competição, na segunda maior baía do mundo, como aquecimento para as eliminatória das Olimpíadas do Rio 2016, em dezembro próximo.
Bate Papo exclusivo com Ricardo Winick (Bimba), quarto colocado nas Olimpíadas de 2004 em Atenas, Campeão mundial em 2007, duas vezes vice-campeão mundial (2002 e 2005), medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo em 2003, Rio 2007, Guadalajara 2011 e Toronto 2015 e prata em Winnipeg 1999. No início do mês de novembro, medalha de prata na Copa do Mundo de WindSurf, em Abu Dhabi.
Bahia.ba: Qual sua impressão sobre a raia da segunda maior baía do mundo?
Bimba: É uma raia bastante técnica, com ventos médios para fracos e bastante correnteza, e, pelo que vi em algumas fotos, o local parece bem liso. Bem diferente de Búzios onde moro.
Bahia.ba: Você é um campeão olímpico, líder do ranking mundial. Descreva o windsurf como modalidade Olímpica:
Bimba: É a modalidade mais difícil do windsurf, pois é nela que se disputa uma medalha olímpica. Velejamos em qualquer condição de vento, sempre com a mesma vela. Isso deixa o windsurf como o esporte de maior rendimento físico da vela e um dos maiores dos Jogos Olímpicos, comparado com maratona e triathlon.
Bahia.ba: Quais são suas expectativas para as eliminatórias das Olimpíadas do Rio 2016, em dezembro próximo, na Baía de Guanabara?
Bimba: Eu já estou classificado, mas o evento pré-olímpico será muito importante para mim devido ao grande número de estrangeiros que virão ao evento, por isso resolvi antecipar o fim das minhas férias e participar do Brasileiro como aquecimento.
Bahia.ba: A Ilha de Bom Jesus conquistou sediar o Brasileiro de Windsurf 2015 em dezembro passado, mas somente com o apoio do Governo do Estado da Bahia conseguiu superar as dificuldades e realizar o evento. Na sua opinião, o que é necessário para que a prática dos esportes náuticos e vela seja proporcional ao potencial das condições naturais da região?
Bimba: Esse tipo de ajuda do governo é essencial para o desenvolvimento do esporte. Escola que pensem em prancha olímpica também são importantes e é fundamental a criação de centro de treinamento com atletas de baixa renda, como faço em Búzios.
Bahia.ba: Para você, atleta bem sucedido, o esporte pode ser um instrumento de transformação social para jovens e adultos?
Bimba: Sim, totalmente, como em qualquer esporte, basta saber incentivar os mais jovens, principalmente com apoio para treinamentos e competições.

Bahia.ba: Qual foi o momento de sua carreira em que você descobriu que poderia mudar realidades da vida de pessoas, algumas em situação de risco social, através do windsurfe?
Bimba: Quando um dos meninos do meu projeto social ganhou o campeonato brasileiro e se classificou para um mundial no exterior. Aí eu vi que com pouca ajuda podemos chegar longe.
Bahia.ba: Na Bahia, o windsurfe tinha muita força, mas hoje, o número de praticantes diminuiu muito. Porém, na Ilha de Bom Jesus, luta-se para disseminar o esporte e alguns moradores mantêm, por iniciativa própria, o embrião de uma escola para jovens. Qual sua experiência em desenvolver novos potenciais do esporte, em Búzios, onde você mora?
Bimba: Tenho um projeto social, onde escolho jovens da rede pública de ensino e coloco para velejar, os melhores entram para o time de atletas e treinam profissionalmente comigo. Com ajuda de patrocinadores posso colocar cerca de 100 jovens em treinamento por ano.
Bahia.ba: O windsurfe é um esporte que exige grandes investimentos financeiros. Os equipamentos não estão ao alcance de todos. Qual a mensagem que gostaria de deixar para os jovens baianos, que sonham ingressar na prática desse esporte? Você percebe alguma iniciativa ou esforços de fabricantes e investidores na popularização da vela no país?
Bimba: Sim, falta apoio, mas tudo deve começar no clube de vela e escolas de windsurf, o equipamento é caro, os impostos são ridículos e isso dificulta. O governo deve ser o principal responsável pelo ponta pé inicial, ou um atleta de nome, como eu e outros que trabalham pelo seu próprio esporte.
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