Publicado em 05/12/2019 às 15h23.

Com assembleias e muito futebol, Estádio de Pituaçu recebe Copa Estadual da Reforma Agrária

Realizado pela direção do MST, torneio teve início há sete meses, com fases preliminares realizadas em cidades do interior da Bahia

Redação
Foto: Divulgação
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O Estádio de Pituaçu, em Salvador, recebeu nesta quarta (4) e quinta-feira (5) a fase final da 1ª Copa Estadual da Reforma Agrária, reunindo equipes masculinas e femininas formadas por trabalhadores e trabalhadoras sem-terra de toda a Bahia.

Realizado pela direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o torneio teve início há sete meses, com fases preliminares realizadas em cidades do interior do estado. A fase final reúne 20 times – dez equipes masculinas e dez femininos – dos 200 que disputaram durante o ano os torneios regionais.

Na manhã desta quarta, um ato de abertura foi realizado no estádio com a participação do Setor de Juventude do MST, do Coletivo Quilombo e do Levante Popular da Juventude. Em seguida, jogos eliminatórios dos torneios masculino e feminino foram realizados. Às 19h, fechando o dia, os trabalhadores sem-terra organizaram a Assembleia da Juventude no local.

Já nesta quinta, ocorreram as partidas decisivas das competições entre homens e mulheres. Ainda serão realizados o Ato de Encerramento, às 18h, e a Assembleia LGBT, às 19h. Ao lado de militantes do movimento social de luta pela terra, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) confirmou presença no Estádio de Pituaçu neste derradeiro dia de atividades da 1ª Copa Estadual da Reforma Agrária.

“Praticar esporte faz bem para a saúde e une pessoas. E o futebol tem muito disso. Essa competição vai reunir em um mesmo local atletas que sonham em ter uma oportunidade. E eles estarão dividindo os mesmos ideais. Porque, para os sem-terra, toda atividade é também um ato de resistência. E todos prometem levar os gritos de ordem dos protestos e da luta por terra para o Estádio de Pituaçu”, afirma o deputado petista, frisando que o futebol é um “espaço democrático propício para a inclusão dos povos”.

O dirigente nacional do MST Evanildo Costa conta que “a juventude sem-terra mobilizou de norte a sul da Bahia mais de 7 mil trabalhadores rurais para o verdadeiro futebol arte, que é dialogar diretamente com a sociedade sobre a cultura, a vida e a resistência camponesa”.

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