Publicado em 12/08/2025 às 15h21.

Grupo City barra gastos altos e adota cautela nas contratações do Bahia

Política financeira limita disputas por jogadores e prioriza reforços pontuais

Rodrigo Fernandes
Foto: Reprodução / Redes Sociais

 

O modelo de gestão do Grupo City no Bahia tem como prioridade o equilíbrio financeiro. Desde que assumiu o controle da SAF, o conglomerado internacional definiu que o clube só poderá gastar o que arrecada, evitando dívidas e reforçando a política de contratações pontuais.

A estratégia ficou evidente na recente negociação com o goleiro Neto. O Tricolor baiano chegou a abrir conversas, mas não entrou em disputa financeira após proposta mais alta do Botafogo.

Livre no mercado, o atleta de 36 anos acertou com o clube carioca com um pacote de salário, luvas e comissões que a diretoria do Esquadrão não se dispôs a igualar.

Conforme apuração do blog de Diogo Dantas, do jornal O Globo, a decisão não foi pontual: faz parte de um planejamento de longo prazo, que visa pagar as contas e investir de forma equilibrada, mesmo que isso signifique perder disputas no mercado.

Bahia x Botafogo: comparação das SAFs

Enquanto o Botafogo tem adotado negociações agressivas, oferecendo valores acima da média para fechar contratações, o Grupo City mantém no Bahia um limite rígido de gastos.

O objetivo é que o clube invista pesado apenas no início da temporada, quando monta seu elenco, e utilize as janelas do meio do ano para reforços pontuais, sem entrar em “leilões” por jogadores.

Essa política, embora elogiada por evitar desequilíbrios financeiros, também gera pressão da torcida, que cobra contratações de maior impacto, especialmente em períodos decisivos da temporada.

A título de comparação, o Alvinegro carioca é um dos líderes em investimentos na segunda janela de transferências. Até o momento, apenas o Flamengo gastou mais dinheiro do que o Botafogo.

O Bahia, por outro lado, é uma das únicas equipes que ainda não contratou. Aberta desde 11 de julho, a janela do futebol brasileiro termina em 2 de setembro.

Gastos de clubes da Série A na segunda janela:

1- Flamengo: 4 reforços (R$ 277,1 milhões)
2- Botafogo: 3 reforços (R$ 164,2 milhões)
3- Palmeiras: 2 reforços (R$ 112,1 milhões)
4- Atlético-MG: 3 reforços (R$ 35,3 milhões)
5- Fortaleza: 6 reforços (R$ 24,6 milhões)
6- Internacional: 2 reforços (R$ 22,4 milhões)
7- Fluminense: 1 reforço (R$ 21,6 milhões)
8- Santos: 4 reforços (R$ 8,8 milhões)
9- Vasco: 2 reforços (R$ 6,3 milhões)
10- Ceará: 2 reforços (R$ 400 mil)
11- Juventude: 6 reforços (R$ 200 mil)
12- Sport: 9 reforços
13- Vitória: 6 reforços
14- Grêmio: 2 reforços
15- Mirassol: 2 reforços
16- Bragantino: 1 reforço
17- São Paulo: 1 reforço
18- Corinthians: 1 reforço
19- Bahia: nenhuma contratação
20- Cruzeiro: nenhuma contratação

Rodrigo Fernandes

Jornalista, repórter e produtor de conteúdo. Com experiência em redação e marketing digital, faz cobertura de esporte e política no bahia.ba. Antes disso, foi editor do In Magazine – Portal iG e repórter do Portal M! – Muita Informação.

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