Publicado em 21/03/2025 às 11h10.

Ministério do Esporte diz que combate ao racismo é prioridade

Declaração foi dada ao MPF que instaurou inquérito civil sobre o caso de racismo sofrido pelo jogador Luighi, do Palmeiras

Redação
Foto: Fabio Menotti/Palmeiras

 

O Ministério do Esporte afirmou que tem como prioridade o combate ao racismo. A declaração do órgão foi dada através de nota aos questionamentos do Ministério Público Federal (MPF), enviada nesta quinta-feira (20), que instaurou um inquérito civil para acompanhar a atuação do estado brasileiro e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no caso envolvendo o jogador do Palmeiras, do time sub 20, Luighi Hanri Souza Santos, de 20 anos. O jovem atleta foi agredido por torcedores do Cerro Porteño, no Paraguai, que fizeram gestos imitando macaco durante partida pela Libertadores sub-20 no último dia 6.

“O combate ao racismo é pauta prioritária para o Ministério do Esporte, que tem manifestado com veemência o repúdio aos atos e vê com bons olhos a iniciativa do Ministério Público Federal, que está em absoluta sintonia com o posicionamento da pasta no trato dessa questão”, diz o comunicado.

Na nota, Ministério do Esporte destacou a campanha publicitária “Cadeiras Vazias – um movimento de ocupação pela paz no futebol” veiculada “por meio de variadas mídias”, “cujo tema central foi o combate à violência, em suas mais diversas formas, incluindo o preconceito e o racismo”.

“O impacto foi extremamente positivo na medida em que houve a adesão de clubes, federações e confederações esportivas, emissoras de rádio e TV, torcidas organizadas, sites especializados e órgãos públicos”, diz órgão.

Além disso, o Ministério do Esporte ainda propôs mudança na Lei Geral do Esporte diante do crescimento de casos de racismo nos estádios.

“Diante do inegável crescimento dos episódios de racismo registrados nos últimos tempos, principalmente nos estádios de futebol, nossa equipe técnica propôs a mudança da Lei Geral do Esporte, criando um requisito que obriga clubes, federações e confederações a adotarem medidas práticas contra os casos de racismo. Quem deixar de atender a este novo requisito ficará impedido de receber recursos públicos federais”, explicou.

A proposta foi encaminhada à Casa Civil, liderada pelo ministro Rui Costa (PT). Depois, será enviado ao Congresso Nacional que decidirá sobre a inclusão na Lei Geral do Esporte.

Na ação, o Ministério Público Federal enviou ofício ao Ministério do Esporte para que preste informações, no prazo de 10 dias, sobre as medidas públicas que têm adotado ou pretende adotar neste campo. Outro ofício foi encaminhado para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que também informe, no mesmo prazo, as medidas para prevenir e enfrentar o racismo no futebol.

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