Publicado em 20/09/2025 às 22h30.

Rogério Ceni diz que briga do Bahia na Série A é pelo G-6 e não pelo G-4

Treinador reconhece falhas da equipe, cita desgaste físico e mira vaga na Libertadores

Rodrigo Fernandes
Foto: Letícia Martins / EC Bahia

 

Após o empate em 1 a 1 com o Ceará, neste sábado (20), pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Rogério Ceni reconheceu que o Bahia ainda está abaixo do desempenho ideal e afirmou que a briga da equipe é pelo G-6, e não pelo G-4.

Questionado sobre os erros recentes e a queda de rendimento em momentos decisivos, o treinador destacou que o principal objetivo na reta final da temporada é garantir vaga na Libertadores.

“Hoje, nós tivemos alguns erros individuais que não é o nosso normal, mas eu acho que como um todo ainda é uma campanha relativamente boa. A gente espera poder acabar brigando pelas primeiras posições”, disse.

“Eu acho que pelos três primeiros fica difícil brigar, mas a gente espera estar brigando entre as seis primeiras posições, porque a gente tem como objetivo também jogar uma Libertadores no ano que vem, é o que a gente espera minimamente conseguir”, acrescentou.

O Tricolor chegou a 37 pontos e segue na 6ª colocação, mas vê rivais diretos abrirem vantagem. O Botafogo, em  lugar, e o Mirassol, em , somam 39 pontos.

A distância para o grupo dos quatro primeiros ainda pode aumentar caso o São Paulo vença o Santos no clássico paulista deste domingo (21), na Vila Belmiro.

Erros e desgaste pesam no desempenho

Ceni apontou que falhas de atenção e cansaço dos titulares têm custado pontos importantes. Segundo ele, a intensidade dos adversários no fim das partidas acaba explorando a queda física do Bahia.

“Não é comodismo, não. Muitas vezes é cansaço mesmo. Os nossos jogadores vão cansando, e quando o adversário coloca velocidade, como aconteceu contra o Cruzeiro e hoje também, é normal que a gente sofra. Tivemos erros individuais que não são o normal do time, mas aconteceram”, afirmou.

O treinador também reforçou a importância dos jogadores que estão fora por lesão, sobretudo no ataque, o que tem limitado as alternativas da equipe.

“A ausência do Pulga faz muita falta, o Ademir também. O Tiago nos últimos dois jogos fez falta. Quando não há essa troca, você sofre mais para fazer gols. Hoje, mesmo melhorando no segundo tempo, faltou peso na área”, avaliou o técnico do Bahia.

Balanço do empate no Castelão

Para Rogério Ceni, o desempenho diante do Ceará mostrou evolução em relação a outras partidas recentes, mas o time ainda desperdiçou oportunidades e voltou a pecar em momentos decisivos.

“Acho que o Bahia jogou melhor hoje fora de casa do que contra Mirassol e Fluminense. Tivemos chances para vencer no segundo tempo, mas cometemos erros que quase custaram o jogo. Precisamos corrigir detalhes para sermos mais consistentes”.

“Eu acho que o primeiro tempo foi difícil. O Ceará é uma equipe que marca forte, tem muita força física. Nós não conseguimos pôr tanto a bola no chão no primeiro tempo para jogar. Os primeiros 45 minutos não produziram como a gente imaginava”.

“Mas, em compensação, no jogo como um tudo, acho que houve uma melhora bastante grande no segundo tempo. Não só por trocas, mas daqueles que estavam no primeiro tempo jogando, o Juba fez um grande segundo tempo, na minha opinião. O Sanabria, o Willian José e o Everton também melhoraram o desempenho”, concluiu.

Após empatar fora de casa com o Vozão, o Bahia volta a campo na próxima quarta-feira (24), às 19h30, contra o Vasco, em São Januário, em jogo atrasado da 16ª rodada do Brasileirão.

Rodrigo Fernandes

Jornalista, repórter e produtor de conteúdo. Com experiência em redação e marketing digital, faz cobertura de esporte e política no bahia.ba. Antes disso, foi editor do In Magazine – Portal iG e repórter do Portal M! – Muita Informação.

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