Publicado em 12/03/2025 às 12h31.

Ronaldo desiste de candidatura à presidência da CBF após ser rejeitado por 23 federações

"Se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto", afirmou

André Souza
Foto: Reprodução/Instagram

 

Ronaldo Fenômeno anunciou oficialmente que desistirá de sua candidatura à presidência da CBF nas próximas eleições. A decisão veio após 23 das 27 federações filiadas ao órgão se recusarem a recebê-lo, alegando satisfação com a gestão atual e apoio à reeleição do presidente em exercício, Ednaldo Rodrigues.

“Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião”, afirmou Ronaldo em nota publicada nas redes sociais nesta quarta-feira (12).

O ex-jogador ressaltou que sua candidatura buscava abrir espaço para um diálogo mais amplo com os clubes e federações, para promover melhorias nas competições e no desenvolvimento do esporte nos estados. No entanto, o ex-atacante criticou a falta de abertura para ouvir suas propostas, mencionando que, no seu primeiro contato com as federações, quase todas se mostraram contrárias à sua ideia.

“O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções”, afirmou Ronaldo.

Confira a nota completa do ex-jogador

Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião.

Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada.

No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo.

O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.

Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união.

 

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