Torcedor explica cabeça de porco em estádio: ‘Provocação sadia’

O torcedor do Corinthians que entrou no Itaquerão com uma cabeça de porco para o clássico contra o Palmeiras, na Neo Química Arena, prestou depoimento nesta quarta-feira (6) à Polícia Civil de São Paulo. Osni Fernando Luiz esteve na Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), assinou um termo e foi liberado na sequência. Ele admitiu ter comprado a parte do animal, mas negou ter atirado no gramado da partida realizada na última segunda (4).

“Nós pensamos: vamos para a frente da arena, no estacionamento, nós pegamos a cabeça e tiramos algumas fotos. Eu comprei a cabeça de porco no mercadão da Lapa, paguei por ela”, contou. “Eu estava bêbado e arremessei lá por um canto do estádio, no setor Sul. Achei que alguém ia achar e jogar fora. Ou que ia tirar foto. Eu não sei (quem jogou no gramado)”, completou.

Osni se defendeu dizendo que a ideia foi uma “provocação sadia” ao time rival. No entanto, o ato pode render punição ao Timão.

“A provocação é sadia, não peguei barra de ferro para agredir ninguém, não dei soco em ninguém. O futebol tem que parar com isso, o futebol raiz tem que viver, nos anos 1990, todo mundo ia para o jogo junto, brincava com o outro. Hoje chegou em uma proporção que estão acabando com o futebol”, disse.

Na última terça (5), o Timão entregou as imagens do circuito interno do estádio à Polícia para ajudar a esclarecer o caso. A identificação do responsável pode evitar punição ao clube, que foi enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata sobre prevenir ou reprimir lançamentos de objetos no campo ou local da partida. A punição pode chegar a perda de mando de campo.

O Corinthians venceu o Palmeiras por 2 a 0 e somou 38 pontos em 13º lugar na tabela de classificação, abrindo quatro da zona de rebaixamento. No próximo sábado (9), às 16h30, o Timão visita o Vitória, no Barradão, pela 33ª rodada. Também com 38, o Leão aparece logo à frente na 12ª colocação.