Publicado em 05/06/2016 às 10h20.

Parecer do caso Cunha é ‘cirúrgico’, diz Araújo

Presidente do Conselho de Ética poderá dar voto decisivo se houver empate no processo de cassação do deputado Eduardo Cunha

Rodrigo Aguiar
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Foto: Ivana Braga / bahia.ba

 

O presidente do Conselho de Ética da Câmara Federal, José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou neste domingo (5) que o parecer do relator (DEM-RO) Marcos Rogério pela cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é “cirúrgico”.

“Ele colocou claramente onde estava o dinheiro. Há provas materiais no parecer do Marcos Rogério”, disse Araújo, que pode dar o voto de minerva caso haja empate dentro do colegiado em relação à perda do mandato de Cunha.

“Não posso declarar meu voto sob pena de eles alegarem suspeição, mas o Brasil inteiro clama por isso”, afirmou o parlamentar, que teve uma série de atritos com Cunha durante o processo. O presidente do conselho disse ainda que espera que a deputada Tia Eron (PRB-BA) – cujo voto será decisivo para o caso – tenha “estudado” o parecer do relator.

Sobre as representações apresentadas contra ele na Câmara, Araújo disse não ter “preocupação nenhuma”. Assinados pelo prefeito de Morro do Chapéu, Cleová Barreto (PSD), e pelo presidente da Câmara dos Vereadores da cidade, João Humberto Batista (DEM), os requerimentos acusam Araújo de utilizar-se de uma rádio sob sua concessão para “objetivos eleitoreiros”.

“A representação foi feita por pessoas que não têm crédito, com fins politiqueiros. Não tem nenhum fundamento. A rádio denunciou um fato verídico. Nós pegamos o que foi dito ao Ministério Público e falamos na rádio”, rebateu Araújo.

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