Publicado em 13/05/2025 às 12h55.

Advogado de Carla Zambelli diz que recorrerá ao plenário do STF após condenação

O julgamento da ação penal acontece de forma virtual na Primeira Turma da Corte e termina na sexta-feira (16)

Redação
Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

 

O advogado Daniel Bialski, que atua na defesa da deputada federal Carla Zambelli na ação penal que apura a participação da parlamentar na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afirmou que vai recorrer ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento da ação penal acontece de forma virtual na Primeira Turma da Corte e termina na sexta-feira (16).

Segundo matéria do InfoMoney, até o momento, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, a ministra Cármen Lúcia, e os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram para condenar a parlamentar a 10 anos de prisão, além da perda de seu mandato. Falta ainda o voto do ministro Luiz Fux.

Ainda segundo o advogado, a ação cabe recurso e a defesa entrará com embargos de declaração. “Tem a questão relacionada à suspensão do processo, que o ministro Alexandre de Moraes negou, mas podemos pedir para o plenário se manifestar, porque ele só deu uma decisão monocrática”, acrescentou.

O pedido visa suspender a ação até que a Câmara dos Deputados se manifeste sobre a continuidade ou não do processo, por se tratar de uma parlamentar. O PL, partido de Zambelli, já entrou com pedido na Câmara para suspender a ação.

Bialski também argumenta que a relevância do caso justifica que este passe ainda por uma análise no plenário do STF. “Talvez os ministros querem examinar o processo de uma forma mais minuciosa, o que não foi feito na turma, já que os ministros só acompanharam o voto de Moraes”, argumenta.

O advogado ainda avalia a pena como “exagerada” e diz que ela não deveria nem ser condenada. “O juiz a condenou por alvará de solturas falsos que ela não tinha conhecimento. Um deles, por exemplo, foi para um primo de Walter Delgatti e ela não tinha nenhuma ligação com isso. É outro aspecto que vou pedir para reconsiderar”, justificou Bialski.

Zambelli responde, junto com o hacker Walter Delgatti Neto, pelos crimes de invasão de dispositivo informático qualificada e falsidade ideológica, relacionados à adulteração de documentos no sistema do CNJ.

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