Publicado em 24/10/2024 às 16h59.

Caso Marielle: ‘Não mato formiga, vou matar uma pessoa?’, diz Rivaldo

O ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa de Araújo se defendeu das acusações de participar do crime

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Em quase duas horas de interrogatório, o ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa de Araújo se defendeu das acusações de ter participado do crime que levou Marielle Franco e Anderson Gomes à morte, em 2018. O delegado criticou as invetsigações que levaram à sua prisão, em março deste ano, assim como as alegações de ter obstruído ou dado suporte para que o assassinato da vereadora ocorresse. A informação é de uma matéria do Metrópoles.

Em delação premiada, Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle, afirmou que o delegado teria usado seu poder de então chefe da Polícia Civil do Rio para proteger os mandantes do assassinato e garantir que o crime não fosse solucionado. O deputado federal Chiquinho Brazão e o conselho do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, são apontados também como mandantes.

O Metrópoles aponta que no depoimento de Rivaldo, que começou nesta quinta-feira (24), o delegado chorou, se emocionou, se disse injustiçado e colocou Marielle como uma amiga. Ele narrou que a vereadora era sua amiga, que o ajudou a subir na carreira, que “sorria com dentes brancos que contrastavam com sua pele morena” quando conversava. Ele negou veementemente conhecer Lessa ou os irmãos Brazão, apontados pelo executor como mandantes do crime.

“Eu não mato nem uma formiga, vou matar uma pessoa? Marielle me ajudou na vida. Só cheguei aqui porque ela me ajudou. Jamais faria nada contra ela”, disse o delegado no depoimento.

Rivaldo é o quarto réu a ser interrogado pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na ação penal em que Chiquinho, Domingos, Rivaldo e Ronald Paulo são acusados dos crimes de homicídio qualificado no caso de Marielle e Anderson e por tentativa de homicídio no caso de Fernanda Chaves, assessora da vereadora que estava no carro no momento do ataque. Além disso, Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, responde, junto com os outros, por organização criminosa. Todos foram tornados réus pela Primeira Turma do STF sob a suspeita de planejar o assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018, acrescenta o Metrópoles.

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