Publicado em 09/05/2024 às 16h21.

Censo da OAB revela que 64% dos advogados no Brasil ganha até R$ 6,6 mil

A pesquisa revelou ainda que 34% da classe ganha até R$ 2,6 mil e apenas 5% tem vencimentos de R$ 26 mil

Redação
Foto: Pixabay

 

Encomendado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) à Fundação Getúlio Vargas (FGV), o 1º Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira foi realizado com profissionais do direito no Brasil. A pesquisa indica que 64% ganham até R$ 6,6 mil ao mês, sendo que 34% ganham até R$ 2,6 mil. Apenas 5% ganham mais de R$ 26 mil.

O levantamento indica ainda que o perfil predominante é composto por mulheres (50%), da cor branca (64%), de idades entre 24 anos e 44 anos (55%) e 33% dos advogados estão cinco inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) há menos do que cinco anos.

O estudo contou com 20.885 advogados e advogadas, que responderam a 42 perguntas em uma plataforma online entre agosto e outubro de 2023. O Brasil conta com 1,3 milhão de advogados, diz o estudo. Além de sexo, cor, raça e idade, foram sondados vários outros aspectos tais como religião, saúde e uso de tecnologia.

Ficou comprovado que 72% dos advogados atuam como autônomos. O índice aumenta à medida que a idade do profissional avança. A maior parte dos autônomos, 51%, trabalha em home office, acima da média geral, de 43%.

Outra atividade – O que chamou a atenção dos organizadores do estudo é que 26% desempenham outra atividade profissional além da advocacia. A lista inclui atividades como professor (19,9%), servidor público (12,6%) e empresário (9,6%), além de corretor de imóveis (1,8%), agricultor (1,5%), vendedor (1,2%), músico (0,8%) e motorista de aplicativo (0,8%).

A maior parte, 54%, possui plano de saúde particular. E quase um terço (29%) recorre ao SUS quando tem algum problema de saúde. “Olhar para essas informações permite-nos refletir o que já realizamos até aqui e observar o longo caminho que ainda temos pela frente para o aprimoramento das políticas internas em prol da classe”, afirmou Beto Simonetti, presidente nacional da OAB, em nota.

O estudo indica que a predominância das mulheres – 50%, ante a 49% dos homens e 1% além dessas denominações – repete a proporção dessas categorias na população brasileira, segundo o Censo divulgado em 2022. A média de idade das advogadas é menor do que a dos homens.

Entre elas, a média de idade é de 42 anos, enquanto entre os homens é de 47 anos. Apesar delas serem maioria no ramo, apenas cinco seccionais da OAB no Brasil são chefiadas por mulheres.

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