Publicado em 14/09/2025 às 11h30.

CPMI vai recorrer de decisão do STF sobre depoimento do Careca do INSS

Corte decidiu facultar a presença do "Careca" e de Maurício Camisotti

Redação
Foto: Jane de Araújo/Ag. Senado

 

O presidente da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do INSS, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), decidiu entrar com um mandado de segurança para assegurar a presença de Antonio Carlos Camilo Antunes, “o Careca do INSS”, e Maurício Camisotti, para depor. A ação ocorre após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ter tornado a ida dos investigados ao colegiado como facultativa.

Segundo matéria da Agência Brasil, Viana afirmou no sábado (13) que a presença dos dois é essencial para as investigações sobre as fraudes em descontos de consignados de aposentados e pensionistas.

“Nós entendemos que é fundamental a presença dos dois indiciados, dos dois investigados, porque já estavam comprometidos a comparecer e eles, diante dos parlamentares, podem inclusive nos ajudar a esclarecer com muita rapidez tudo o que aconteceu”, disse.

O senador disse respeitar, mas classificou como injustificável a decisão de Mendonça de facultar a presença dos investigados. Na sexta-feira (12), a Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados judiciais de prisão preventiva de Antunes e Maurício Camisotti.

Os mandados foram executados no âmbito da Operação Cambota, que a PF deflagrou para aprofundar as investigações acerca da cobrança ilegal de mensalidades associativas descontadas sem autorização dos benefícios previdenciários pagos a milhões de aposentados e pensionista

“Respeito a decisão do ministro, mas entendo injustificável dar o direito de não comparecerem, uma vez que estão presos e que tem muito a dizer a CPMI. O trabalho da Polícia Federal e do Supremo é muito diferente da CPMI”, destacou o senador.

Viana esclareceu que a comissão faz um trabalho de investigação. “Nós fazemos uma linha investigativa, inclusive junto ao serviço público, junto ao Estado, para entendermos como todo esse roubo da Previdência aconteceu. Esperamos que, eu espero que o ministro André Mendonça reveja a decisão e nos permita obrigar a ida dos dois até a CPMI, já na segunda e na próxima quinta-feira”, considerou.

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