Publicado em 10/09/2020 às 13h19. Atualizado em 10/09/2020 às 15h00.

Defesa nega envolvimento da família Maturino em suposta delação de desembargadora

Advogados da família afirmaram que pretendem impugná-la, caso seja homologada

Eduardo Dias
Foto: Divulgação
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A defesa dos advogados Geciane Maturino e Adailton Maturino, citado como “falso Cônsul” de Guiné Bissau, na suposta delação premiada atribuída à desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Sandra Inês Moraes Ruscolelli Azevedo e seu filho, o advogado Vasco Rusciolelli Azevedo, ao Ministério Público Federal (MPF), divulgada na noite de quarta-feira (9) pelo bahia.ba, apresentou sua versão sobre o caso.

Em nota, a defesa alega que a suposta delação possui conteúdo mentiroso, contrário às provas dos autos no que lhes dizem respeito e que, caso o susposto acordo seja homologado, os advogados da família pretendem impugná-lo.

“Na hipótese da PGR celebrar esse tipo de acordo, estaria desconsiderando os crimes praticados pelos próprios delatores e seus comparsas. Por esse motivo, os advogados da família pretendem impugnar o suposto acordo, se homologado for”, diz um trecho da nota.

O bahia.ba procurou a assessoria do MPF que informou que não possui autorização para comentar ou divulgar informações sobre acordos de delações. No entanto, não confirmou nem muito menos negou a autenticidade do documento em questão.

“A PGR não se pronuncia sobre delações enquanto ela não for homologada e nem apraece numa denúncia formal. As negociações e os acordos são sigiloso por lei. Eles só se tornam públicos no momento em que são mencionados a consequência do que foi informado na delação, que podem gerar pedidos de prisão, de buscas e denúncias. Se existir realmente e for homologada, nós sinalizamos”, disse.

A defesa disse ainda que, caso seja confirmado que se trata de um documento ilegítimo, surge a necessidade de investigação do crime de obstrução de justiça para saber quem está tentando atrapalhar as investigações e tentando incriminar os seus clientes e o porquê de seu vazamento.

“Ademais, cumpre-nos deixar claro que, diante de inúmeros boatos, de notícias sem fontes oficiais e de suposições acusatórias sem provas veiculadas na mídia, a defesa do casal Maturino pediu ao STF acesso a documentos que possam lhes dizer respeito, no âmbito da Operação Faroeste, a fim de que tomar conhecimento de eventuais ilações e adotar as providências cabíveis, para fins de instrução processual”, finaliza a nota.

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