Publicado em 22/04/2025 às 14h29.

Defesa de ex-diretor da PRF nega obstrução de eleitores no segundo turno das eleições de 2022

Silvinei Vasques é acusado pela PGR de montar blitzes para dificultar o acesso de eleitores de Lula aos locais de votação

Redação
Foto: PRF


Durante julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (22), a defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, afirmou que “nenhum eleitor deixou de votar no segundo turno” das eleições presidenciais de 2022.

Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Vasques é apontado como um dos responsáveis por organizar blitzes da PRF com o objetivo de dificultar o deslocamento de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até os locais de votação.

O advogado Anderson Rodrigues de Almeida afirmou que “não há nos autos qualquer diálogo entre Vasques e outros denunciados” e que “não há indícios mínimos de que ele integrasse organização criminosa”. Em relação à tentativa de golpe, declarou: “Não tem o menor cabimento. Ele nunca foi investigado por isso”.

De acordo com a PGR, Vasques teria utilizado informações fornecidas por Marília Alencar, então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, que teriam apontado os municípios onde Lula e Jair Bolsonaro obtiveram mais de 75% dos votos no primeiro turno.

No entanto, a defesa do ex-diretor nega o uso desses dados. “Marília Alencar declarou que nunca enviou qualquer Boletim de Informação (BI) a servidores da PRF, inclusive Silvinei, e que o documento sequer foi incluído nos autos”, argumentou Almeida.

A Primeira Turma do STF iniciou a análise sobre o recebimento da denúncia contra o grupo conhecido como “núcleo 2”. Caso o Supremo aceite a denúncia, os seis acusados passarão à condição de réus e responderão a processo criminal.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.