Publicado em 26/07/2024 às 16h29. Atualizado em 30/07/2024 às 17h19.

Mulher chamada de ‘gostosa’ e ‘legítima baiana’ na Bahia será indenizada

Auxiliar administrativa foi ofendida por supervisor no ambiente de trabalho, em empresa localizada em Salvador. Justiça determinou a indenização de R$ 15 mil

Redação
Foto: Tribunal Regional do Trabalho

 

Uma auxiliar administrativa em Salvador foi indenizada em R$ 15 mil após sofrer assédio de seu chefe. Segundo o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), a funcionária foi chamada de “gostosa” e “legítima baiana” no ambiente de trabalho. A decisão ainda pode ser contestada.

A vítima trabalhava para uma empresa terceirizada da LG em Salvador. Segundo a auxiliar, em 2021, um supervisor foi contratado para implementar novas diretrizes exigidas pela LG. Esse supervisor começou a assediar funcionárias, impor metas inalcançáveis e alterar funções dos colaboradores.

Uma testemunha no TRT descreveu o supervisor como “um psicopata com os funcionários”, afirmando que ele: obrigava os funcionários a limpar seus locais de trabalho; chamava os funcionários de preguiçosos, imitando um bicho-preguiça; chamava as funcionárias de “gostosas” e comentava que elas tinham “a bunda grande”.

A testemunha também relatou que o supervisor chamou a auxiliar administrativa de “legítima baiana”, justificando que ela “andava se arrastando, era preguiçosa e falava muito alto”. A Manpower Staffing Ltda afirmou que o supervisor não era seu funcionário e que não poderia ser responsabilizada por atos de terceiros, negando qualquer assédio à funcionária. A LG também negou ser a empregadora da vítima.

Inicialmente, a juíza condenou as empresas a pagar R$ 10 mil em indenização, mas ambas recorreram, argumentando que, embora o supervisor fosse difícil, os funcionários tinham canais para denunciar seu comportamento e a empregada não os utilizou.

A relatora do recurso, desembargadora Eloína Machado, considerou que o ambiente de trabalho era humilhante, desrespeitoso e assediador, e que as empresas foram coniventes. Dada a gravidade da situação, ela aumentou a indenização para R$ 15 mil.

Confira nota do ManpowerGroup

O ManpowerGroup tem um compromisso global em conduzir nossos negócios com ética, integridade e responsabilidade. Repudiamos veementemente qualquer forma de assédio e não compactuamos com tais práticas.

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