Megaoperação da PF contra fraudes no INSS mira desvios de R$ 6,3 bilhões

Lewandowski diz que ação visa proteger aposentados e combate o crime organizado

Redação

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que a operação da Polícia Federal (PF) que investiga cobranças indevidas em contas de aposentados e pensionistas integra as ações do governo contra o crime organizado e a corrupção.

Em coletiva de imprensa, Lewandowski destacou que o presidente Lula demonstrou preocupação com o caso e que a ação tem foco na proteção dos beneficiários. “É uma fraude contra aposentados, pessoas mais vulneráveis, vítimas fáceis desses criminosos”, disse o ministro.

A operação “Sem Desconto”, revelada pelo Metrópoles, resultou no cumprimento de 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão em 14 unidades da federação. Segundo a PF, entidades envolvidas somaram cobranças indevidas de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, com promessas de vantagens como plano de saúde e auxílio-funeral.

A Justiça determinou o afastamento do diretor do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outros quatro membros da cúpula do órgão. A PF também identificou empresas de fachada que receberam recursos desviados e bloqueou bens no valor de mais de R$ 1 bilhão.

Além de Lewandowski, participaram da entrevista coletiva o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

Os investigados poderão responder por crimes como corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.