Publicado em 22/12/2020 às 13h58.

Organização da qual Crivella é apontado como líder arrecadou R$ 50 milhões, diz MP-RJ

Prefeito do Rio de Janeiro foi preso nesta terça-feira (22) sob a acusação de liderar um esquema de propina na prefeitura

Redação
Imagem: Reprodução/ TV Globo
Imagem: Reprodução/ TV Globo

A organização criminosa da qual fazia parte o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), preso nesta terça-feira (22), arrecadou R$ 50 milhões. O Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que a prefeitura pagou o montante para empresas na forma de propina, mas ainda não há informações do quanto foi pra cada pessoa envolvida.

Detalhes do esquema investigado na operação foram apresentados em coletiva de imprensa. De acordo com informações do G1, o subprocurador-geral Ricardo Ribeiro Martins acrescentou que o pedido de prisão foi reflexo dos indícios de que a organização criminosa não se esgotaria ao fim do mandato, em 31 de dezembro. Crivella nega as acusações.

“Apesar de toda a situação de penúria [da prefeitura], que não tem dinheiro nem para o pagamento do décimo terceiro, muitos pagamentos eram feitos por conta da propina”, disse.

A investigação do Ministério Público sustenta a existência de um “QG da Propina” na prefeitura, da qual Crivella seria o líder. Nesse esquema, empresários pagavam para ter acesso a contratos e receber valores que eram devidos pela gestão municipal.

Além de Crivella, também foram presos Rafael Alves, empresário apontado como operador do esquema; o delegado aposentado Fernando Moraes; Mauro Macedo, ex-tesoureiro da campanha de Crivella; e os empresários Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos. Todos foram denunciados pelo MP pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.

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