Publicado em 21/01/2025 às 16h17.

PF mantém investigação sobre o ‘Rei do Lixo’ na Bahia, apesar de ir ao STF

Inquérito sobre fraudes em emendas e licitações segue na Superintendência baiana, com supervisão da Diretoria de Combate ao Crime Organizado, após citação de parlamentares

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

A investigação da Polícia Federal (PF) envolvendo o empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, e a possível participação de parlamentares em fraudes relacionadas a desvios de emendas e licitações continuará sob a responsabilidade da Superintendência da PF na Bahia, onde teve início.

Havia a expectativa de que o caso fosse transferido para a sede da PF em Brasília, que conta com uma diretoria especializada em inquéritos envolvendo pessoas com foro privilegiado e políticos. No entanto, fontes da corporação informaram que o inquérito permanecerá sob o comando da unidade baiana, que já reúne um amplo acervo de informações, com supervisão da Diretoria de Combate ao Crime Organizado (Dicor).

O caso foi remetido à Justiça Federal após a PF identificar menções ao deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), líder do partido na Câmara. Em dezembro, informações da CNN revelam que uma escritura de transação imobiliária envolvendo Elmar foi encontrada no cofre do empresário.

Além disso, destacou-se que a chefe de gabinete do senador Davi Alcolumbre (União-AP), candidato à presidência do Senado, também aparece nas investigações.

O envio da investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF) foi solicitado pela PF devido à citação de parlamentares. O juízo de primeira instância apontou que os autos deveriam ser encaminhados ao ministro Flávio Dino, por conexão com outra investigação sob sua relatoria. Contudo, o ministro Edson Fachin, presidente em exercício do STF durante o recesso, determinou que a relatoria fosse definida por sorteio, resultando na escolha do ministro Nunes Marques.

Fachin justificou que a relatoria de Dino sobre a transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares não implica automaticamente sua responsabilidade por investigações específicas relacionadas a desvios.

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