Publicado em 05/07/2024 às 08h55.

Por cautela, PGR deve adiar denúncia de Bolsonaro no caso das joias para após eleições

Interlocutores de Paulo Gonet avaliam que se a decisão não ocorrer até 16 de agosto, ela se dará após as eleições, sem ‘açodamentos’

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Após o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias, cabe agora à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresenta ou não uma denúncia contra o ex-presidente, que, caso seja aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o tornaria réu.

Apesar deste ser um procedimento jurídico normal, a PGR pretende tratar o caso com muita cautela. Conforme relataram interlocutores do procurador-geral da República, Paulo Gonet, à coluna de Malu Gaspar, no O Globo, a ideia é que a decisão sobre a denúncia ocorra sem “açodamentos”.

De acordo com fontes próximas a Gonet, a cúpula da PGR tem um prazo informal para decidir sobre a denúncia: 16 de agosto, data do início da propaganda eleitoral. Caso não haja uma definição dentro deste período, então, a ideia é adiar para depois do anúncio do resultado do segundo turno. Esta segunda opção, segundo a coluna, é o cenário mais provável atualmente.

Além de Bolsonaro, outras 11 pessoas de seu entorno também foram indiciadas pela PF, no caso das joias, a exemplo do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do advogado Frederick Wassef. Os suspeitos poderão responder por crimes como peculato , lavagem de dinheiro e associação criminosa. Só os delitos atribuídos ao ex-presidente, por exemplo, podem resultar em penas de até 32 anos de prisão.

Segundo a coluna, dentro da cúpula do PL, partido de Bolsonaro, já é dado como certo que a PGR vai oferecer denúncia contra o ex-presidente.

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