Saiba quem foi o último baiano a ocupar uma cadeira no STF há 22 anos

Há mais de duas décadas, nenhum baiano ocupa uma das 11 cadeiras do Supremo Tribunal Federal (STF). O último foi Ilmar Nascimento Galvão, nomeado em 1991, que permaneceu na Corte até 2003, quando se aposentou ao atingir a idade limite.

Esse jejum de 22 anos pode estar perto do fim. O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, é um dos nomes cotados para assumir a possível vaga de Luís Roberto Barroso, caso o atual ministro do STF decida antecipar sua aposentadoria.

Trajetória de Ilmar Galvão

Natural de Jaguaquara, no interior da Bahia, Ilmar Galvão teve uma trajetória jurídica extensa. Nascido em 2 de maio de 1933, iniciou seus estudos no Ginásio Taylor-Egídio e cursou Direito na antiga Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, concluindo a graduação em 1963. Começou a carreira no Banco do Brasil, mas se destacou no Acre, onde presidiu o Banco do Estado e ingressou na magistratura como juiz federal em 1967.

Ilmar exerceu funções no Acre, Distrito Federal e Rondônia antes de ser nomeado ministro do extinto Tribunal Federal de Recursos em 1985. Com a Constituição de 1988, passou a integrar o recém-criado Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em 1991, foi indicado para o STF pelo então presidente Fernando Collor, assumindo a vaga deixada por Aldir Guimarães Passarinho. No Supremo, chegou à vice-presidência da Corte e também presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 1997 e 1999. Aposentou-se em 2003.

Bruno Dantas no radar do STF

Agora, outro baiano pode voltar a ocupar um dos assentos mais importantes do Judiciário. Bruno Dantas, atual ministro do TCU, é visto como um nome bem posicionado junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Sua aproximação com o Palácio do Planalto ocorreu por meio do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Além de Dantas, também aparecem como possíveis indicados o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD).

O STF não conta com um ministro baiano desde a saída de Ilmar Galvão. Uma eventual indicação de Dantas representaria o retorno da Bahia à mais alta instância do Judiciário brasileiro, após um hiato de mais de 20 anos.