STF promove audiência pública sobre mercado de apostas online
Reunião discutirá aspectos ligados à saúde mental dos apostadores
O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta segunda-feira (11) audiência pública para debater o mercado de apostas online (bets) no Brasil. A audiência foi convocada pelo ministro Luiz Fux, relator do processo sobre a questão. A partir das informações coletadas na audiência, Fux vai elaborar o voto e liberar o processo para julgamento. A data da votação não foi definida.
A abertura da audiência está prevista para as 10h20 e será iniciada com a exposição dos argumentos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), autora da ação.
Em seguida, vão falar o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, e representantes das pastas da Igualdade Racial, da Saúde e do Desenvolvimento Social, além do secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Régis Dudena.
A partir das 14h, a audiência terá enfoque nos aspectos econômicos das apostas eletrônicas. Terão a palavra os representantes do Banco Central, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), das loterias estaduais do Paraná e do Rio de Janeiro e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Os aspectos ligados à saúde mental dos apostadores serão debatidos com representantes da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead).
As entidades que representam o setor, como o Instituto Brasileiro do Jogo Responsável (IBJR) e a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), também vão participar.
Na terça-feira (12), os debates vão continuar e contarão com os representantes do Fluminense, Botafogo e Cruzeiro. Praticamente, todos os times brasileiros são patrocinados por casas de apostas online.
A regulamentação do mercado de bets no Brasil é discutida no Supremo por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade protocolada no dia 24 de setembro pela CNC.
A entidade questiona a Lei 14.790/2023, norma que regulamentou as apostas online de quota fixa. Na ação, a CNC diz que a legislação, ao promover a prática de jogos de azar, causa impactos negativos nas classes sociais menos favorecidas. Além disso, a entidade cita o crescimento do endividamento das famílias.
De acordo com levantamento divulgado em agosto deste ano pelo Banco Central, os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets.
Mais notícias
-
Justiça
18h27 de 12 de novembro de 2024
Ministro do Supremo mantém suspensão de emendas parlamentares
Decisão foi tomada após Flávio Dino receber relatório da CGU
-
Justiça
17h19 de 12 de novembro de 2024
Clubes de futebol defendem no STF lei que regulamentou bets
Manifesto de 30 times diz que norma protege apostadores e equipes
-
Justiça
15h54 de 12 de novembro de 2024
Fux diz que bets não podem ficar sem regulação no país
Ministro do STF não descarta conceder liminar sobre a questão
-
Justiça
12h26 de 12 de novembro de 2024
Primeira presidente da OAB Lauro de Freitas celebra os 10 anos de criação
A Subseção faz aniversário em 21 de novembro
-
Justiça
17h53 de 11 de novembro de 2024
Fux defende ajuste imediato nas regras do mercado de apostas online
Ministro presidiu audiência pública no STF sobre impacto das bets
-
Justiça
17h46 de 11 de novembro de 2024
Ana Patrícia Dantas Leão promete ‘piso ético na OAB-BA’
A candidata à presidência da OAB-BA promete "valorização das advogadas e advogados no estado"
-
Justiça
12h51 de 11 de novembro de 2024
PF prende condenado pelo 8/1 que estava foragido na Argentina
O homem estava foragido desde abril de 2024 e foi localizado pela PF em Cascavel, no Paraná, quando tentava retornar ao Brasil
-
Justiça
17h30 de 09 de novembro de 2024
Júri absolve PM acusado de autor do disparo contra a menina Ágatha
Criança foi atingida nas costas em 2019
-
Justiça
08h00 de 09 de novembro de 2024
STF forma maioria para confirmar condenação de Collor no caso da Lava Jato
O placar no plenário virtual está 6 votos a 2 contra o recurso da defesa de Collor, que pedia a revisão da condenação